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Abr 08

A vida e obra de um dos mais fascinantes escritores de todos os tempos. Traduzido em mais de cem línguas, com uma legião de fãs que leram os seus títulos como se de relatos verdadeiros se tratassem, as aventuras e viagens de Júlio Verne marcam gerações de leitores. Descendo às profundezas do mar, viajando por terras desconhecidas, explorando a lua e lugares intocados pelo homem, a obra de Verne alia ficção e ciência. No ano em que se comemora o centenário sobre a sua morte, editamos Júlio Verne – Da Ciência ao Imaginário.

 

 Quem me conhece sabe que, para além de ser uma leitora acérrima de Policiais, género ao qual este blog irá dedicar em breve um especial, desenvolvi um gosto pela ficção científica, género literário cujo criador foi Júlio Verne.

Em 1863, Júlio Verne escreve o livro que é considerado o primeiro do género, Cinco Semanas em Balão. Nas obras que se seguiram, Verne juntou a uma apurada pesquisa sobre as mais recentes descobertas do homem e da ciência um fabuloso imaginário de aventuras e viagens. Por combinar na perfeição e rigor factos e a imaginação de lugares desconhecidos e intrépidos heróis, ainda hoje Verne é considerado o pai da ficção científica.

Nascido em Nantes, no ano 1828, Júlio Verne cresceu junto à zona portuária. Em 1848,o pai enviou-o para Paris, onde esperava que os estudos tornassem o seu filho um advogado. É em Paris que Júlio Verne conhece Alexandre Dumas e Victor Hugo, começando a escrever peças de teatro e libretos, acabando por se tornar secretário do Thêatre Lyrique.

Júlio Verne casa-se em 1857 e, embora para fazer face às despesas se tenha tornado corretor de câmbios, o seu fascínio pelo mundo de descobertas e da ciência induzem-no a escrever e, em 1862, conhece Pierre-Jules Hetzel, aquele que será o seu editor e amigo durante toda a vida.

Rapidamente, Hetzel apercebeu-se do potencial presente na escrita de Verne, e após a edição do seu primeiro livro, seguiram-se títulos tais como: As Aventuras do Capitão Hatteras, Viagem ao Centro da Terra, Da Terra à Lua, Vinte Mil Léguas Submarinas, entre muitos outros.

Fascinado pelo progresso científico, e rodeado de amigos desse círculo, os seus livros eram tão actuais como proféticos. Logo em 1863, após o enorme sucesso que teve Cinco Semanas em Balão, Júlio Verne escreveu Paris no Século XX. Esta obra nunca chegou a ser editada por Hetzel, pois este a considerava demasiado pesada, visto ser um retrato do mecanicismo de cidades futuras esmagadas pelo progresso. Só em 1989 o bisneto do autor apresentou esta obra revelando uma faceta pouco conhecida de Verne, um lado pessimista e céptico quanto às consequências do desenvolvimento tecnológico.

Em 1872, Júlio Verne vai residir para Amiens onde escreve obras tais como A Ilha Misteriosa e a Esfinge dos Gelos, que focam temas ambientais, a protecção das espécies e a sobrevivência de culturas nativas. Verne morre em 1905 aos 77 anos de idade.

100 Anos após a sua morte houve várias iniciativas em comemoração e memória deste autor brilhante, entre as quais a publicação de obras que até então não tinham chegado ao público, pelo menos, fieis ao manuscrito original, do qual é exemplo o título O Segredo de Whilhelm Storitz. Dentro destas iniciativas, destacamos a do Circulo de Leitores, que editou uma obra exclusiva, com prefácio de Michel Serres, que destacamos aqui, e que serve de base a este texto. Júlio Verne – Da Ciência ao Imaginário é por si uma proposta de viagem. A vida e obra do autor revelam-se afinal uma magnífica aventura através das contradições de uma época de descobertas e dúvidas, ao mesmo tempo que nos revela a personalidade e turbulenta vida de um dos grandes nomes e visionários da literatura mundial!

publicado por AS às 16:14

                                                        

Apesar de terem estado há pouco tempo em Lisboa, no Pavilhão do Restelo, os Editors foram bem recebidos por um público que, embora não tenha esgotado a lotação do Campo Pequeno, compôs muito bem a sala.

Para a primeira parte foram convidados os Mobius Band, um trio que se assemelha a Editors, Interpol ou Franz Ferdinand, mas mais experimentais e com uma sonoridade mais electrónica. Conseguiram cumprir o papel de animar as hostes e abrir o apetite para o que se seguiria.

Por volta das 22h os Editors entram em palco, começando o espectáculo com Camera, que deu o mote para o que se seguiria: um concerto a todo o gás. Seguiram-se de rajada An End Has a Start, Blood e Bullets, que para além de deixarem o público em êxtase, mostravam a voz maquinal de Tom Smith bem como a sua postura em palco muitas vezes fazia lembrar Ian Curtis, embora mais irrequieto, prova disso foram as vezes que subiu ao piano. Este dinamismo influencia bastante os fãs da banda, que respondiam com uma adoração que se acentuava à medida que o concerto decorria.

Ao piano, seguiu-se a The Weight of the World, pondo a audiência em transe, que rapidamente deu lugar a pulos com Escape the Nest. Travão é um conceito que os Editors não conhecem, prova disso foi a forma como Lights foi interpretada. Smith, de guitarra em punho, como se empunhasse uma arma, acelerou até ao final. O público reagiu com uma das maiores ovações da noite.

Smith volta ao piano tocando When Anger Shows e Banging Heads, um dos temas mais recentes da banda. Se Banging Heads não era um tema muito conhecido, a surpresa veio na faixa seguinte: Smith interpretou Lullaby, uma música dos The Cure, provocando um misto de surpresa e contentamento no público.

O regresso ao primeiro álbum, The Back Room, foi feito com All Sparks e Munich, o single que ajudou os Editors a serem o fenómeno de popularidade que são actualmente. O público acompanhou o refrão, ocorrendo no final outra grande ovação. Seguiu-se um dos momentos mais intimistas da noite: Push Your Head Towards the Air, o novo single da banda, é tocado em dueto entre a guitarra acústica e o piano.

Com todos os membros da banda de volta em palco, a bateria volta em força em Bones, seguido de Fingers in the Factories. Com isto, os Editors saem de palco, voltando rapidamente para o Encore. Este foi composto pelos singles The Racing Rats e Smokers Outside the Hospital Doors, dando espaço a You Are Fading. O concerto fechou com chave de ouro, e os Editors mostraram que são bastante competentes, conquistando (mais uma vez) o público lisboeta, numa sala mais acolhedora.

 

Alinhamento

Camera
An End Has a Start
Blood
Bullets
The Weight of the World
Escape the Nest
Lights
When Anger Shows
Banging Heads
Lullaby (The Cure)
All Sparks
Munich
Push Your Head Towards the Air
Bones
Fingers in the Factories

ENCORE

The Racing Rats
You Are Fading
Smokers Outside the Hospital Doors
publicado por AS às 14:36

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