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Abr 08

  • Perdeu-se Uma Mulher (Farewell, My Lovely – 1940)

Um encontro fortuito com Moose Malloy, um ex-presidiário, em Los Angeles, coloca Marlowe numa teia de problemas.

Acabado de sair da prisão, Malloy vai à procura da sua namorada, a ruiva Velma, que viu pela última vez 8 anos antes. O Clube nocturno onde ela trabalhava, o Florian, é agora um negro império de jantares e jogos de dados, e ninguém que lá trabalha ouviu falar de Velma. Malloy foge inadvertidamente após matar o chefe negro do clube, e Marlowe, a única testemunha “branca”, é convidado por Nulty, o detective responsável por este caso, a procurar Velma. Marlowe decide visitar a viúva do dono do Florian, uma mulher de meia-idade, alcoólica que lhe diz, de forma pouco convincente, que Velma Valento morreu.

Nessa mesma tarde, Lindsay Marriott contrata Marlowe para a acompanhar na entrega de um resgate de $8,000 por um raro colar de Jade pertencente a uma amiga de Marriott. Mas, no ponto de encontro, uma estrada campestre isolada, Marlowe leva uma pancada que o deixa inconsciente. Quando recupera os sentidos, dá de caras com Anne Riordan, que lhe diz que encontrou Marriott assassinada. Com a ajuda de Anne, Marlowe descobre que o colar pertencia a Mrs Grayle, uma mulher loura casada com um milionário idoso, que corrobora a versão de Marriott de que o colar tinha sido roubado.

À medida que vai achando pontas soltas e ligações pouco esclarecedoras, Marlowe corre risco de vida, chegando ao ponto de levar uma tareia que o deixa inconsciente. Os acontecimentos precipitam o livro para um final alucinante. Será que Velma está mesmo viva? Quem será? E qual a ligação desta com Marriott e porque querem tanto que Marlowe páre de investigar o caso? Tudo isto é explicado numa conversa entre Mrs Grayle e Marlowe em que nos apercebemos, ao jeito a que Raymond Chandler nos habitou, o destino que ele pretendeu dar a cada um dos seus personagens.

 

  • Os Peixes Mortíferos (Goldfish -1936)

As pérolas Leander foram roubadas há 19 anos atrás. O ladrão foi apanhado na altura, mas as pérolas nunca foram encontradas, e, passado tanto tempo, continua a haver uma recompensa de $36.25,000 para quem as encontrar. Até que alguém contacta o detective privado Carmady contando-lhe que conhece alguém que sabe onde as pérolas estão escondidas. Carmady aceita ir falar com essa pessoa, só que a encontra morta, na sua cama, com os pés queimados, e parece haver muita gente em Los Angeles a par da história, e que andam à procura das pérolas.

 

Esta é uma história que pertence ao universo de Short fiction de Raymond Chandler, que consegue ser tão bom quanto as grandes histórias. Neste caso, este aspecto nota-se logo na forma como os diálogos são conduzidos, são bastante cativantes.

Em Goldfish, Chandler usou o detective que serviu de base para a criação de Philip Marlowe, Carmady, que tem os mesmos comportamentos que Marlowe, só que é mais politicamente correcto.

 

Este livro reúne duas histórias de um dos melhores autores de literatura policial de todos os tempos.

 

publicado por AS às 16:38

 

 

Lista de Músicas

 

1 -  Vamos Esta Noite
2 -  Adeus Amor (Bye, Bye)
3 -  Tira a Teima
4 -  Fábrica de Amores
5 -  Amuo
6 -  Sexto Andar
7 -  Ponto Zero
8 -  P'ra Continuar
9 -  Pequena Morte
10 -  Narciso sobre Rodas
11 -  Mandarim
12 -  Utilidade do Humor

 

 

 

 

Cintura marca o regresso dos Clã aos álbuns de estúdio e à estrada, depois do experimentalista Rosa Carne. O título Cintura, segundo Manuela Azevedo, a vocalista, surge porque a palavra nos pareceu, sonora e graficamente, bonita. Depois, porque, semanticamente, sentimos que é uma palavra próxima do movimento, da dança, do feminino, do “jogo de cintura” que se sente no novo disco”.

A imagem de marca que caracteriza todos os álbuns dos Clã é as inúmeras participações e colaborações, que fazem com que, na sua sonoridade, se notem variadíssimas influências. Desta feita, este disco contém 12 temas com letras de Arnaldo Antunes, Adolfo Luxúria Canibal, Carlos Tê e Regina Guimarães, tem como primeiro single Tira a Teima, que conta com a participação de Paulo Furtado (WrayGunn, The Legendary Tigerman). Por sua vez, Amuo conta com a voz de Fernanda Takai dos Pato Fu. E é neste Tira a Teima, que serve de cartão de visita do disco, que nos é revelado o novo “lado” dos Clã, é mais arrojado, mais feminino, aventureiro, afirmativo e solto. É como se os Clã se tivessem libertado das amarras que os prendiam.

Para além de ser mais descontraído e físico, é quase o oposto do anterior em termos musicais, sonoros e rítmicos, o que nos é explicado pela própria Manuela Azevedo: O “Rosa Carne” teve aquela mulher da capa, uma espécie de “Alice no país das maravilhas” já entradota. Já a imagem que tenho da mulher que está neste novo disco é a mesma mulher entradota, mas atrevida. A abrir portas e a sair por aí fora, consciente, com uma atitude irónica sobre si própria e também em relação ao mundo, onde aprende e desaprende. Com vontade de experimentar outras coisas e transgredir noutras.

Daí que este disco acaba por ser mais directo, imediato e Pop-Rock do que os anteriores álbuns dos Clã, o que não implica necessariamente que seja mais comercial. Nada disso! É, eventualmente, um álbum mais acessível ao público desconhecedor do trabalho da banda, dos quais se destacam Sexto Andar, Vamos Esta Noite, Narciso sobre Rodas e Utilidade do Humor. Resumindo: O nosso novo álbum é um trabalho que serve de convite aos fãs para que se deixem levar pela aventura e que, pelo caminho, sintam a música e o prazer de viajar pela melodia. Um disco, sem dúvida, “P'ra Continuar”, como apresenta uma das suas faixas.

publicado por AS às 12:40

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