15
Ago 07

Libertad (2007)


 

Lista de Músicas

 

1 Let It Roll

2 She Mine

3 Get Out the Door

4 She Builds Quick Machines

5 The Last Fight

6 Pills, Demons & Etc.

7 American Man

8 Mary Mary

9 Just Sixteen

10 Can't Get It Out of My Head

11 For a Brother

12 Spay

13 Gravedancer

14 Re-Evolution: Making of Libertad


Os Velvet Revolver sempre pareceram gostar de responder à seguinte pergunta: como funciona o motor dos Guns N’ Roses quando eles não passam de um monte de ferrugem abandonado à beira da estrada? Passou muito tempo desde que Slash, Duff e Matt Sorum podiam ter esperança que AXL abandonasse Tommy Stinson dos Buckethead, e todos os outros que entravam em estúdio usando o nome GN’R e iniciando tournées, enquanto eles procuravam um espaço para tocar, mesmo que estivessem em fase terminal, e por isso decidiram iniciar um novo projecto. Mas quando se sai duma banda com a dimensão dos Guns N’ Roses é necessário alguém com estatuto de estrela para a liderar e lhe dar voz – algo que ficou comprovado na falta de carisma no projecto em que Slash participou, os Slash’s Snakepit, em que os vocalistas nunca conseguiram acompanhar o guitarrista, e por essa razão a escolha do vocalista adequado para os Velvet Revolver se tornava ainda mais relevante. Foi desta forma que surgiu Scott Weiland.

O primeiro álbum, Contraband conseguiu corresponder às expectativas de ambos os fãs das bandas antecessoras, vendendo milhões de cópias em todo o mundo. No entanto notava-se alguma fragilidade no sentido que se conseguia adorar a banda, mas não o seu vocalista. Essa fragilidade continua visível no segundo álbum, Libertad, mas este é mais coeso que o seu antecessor, em parte devido à presença do produtor dos Stone Temple Pilots, Brendan O’Brien, que conduz o álbum de forma brilhante, dando-lhe alguma cor e textura às melodias, sem que as guitarras percam a sua força. O’ Brien amplifica a energia de todos os elementos da banda, o que torna o resultado final muito bom. Por vezes é Weiland o protagonista, como é o caso de She Mine, noutros são os restantes elementos a brilhar, que acontece em Spay, assim como também todos alcançam um lugar de destaque, e que melhor forma de dar inicio a um álbum do que com um portento como Let it Roll? O primeiro single de Libertad, She Builds Quick Machines é também prova dessa “cedência” pelo lugar de destaque, porque a música é impulsionada por riffs poderosos, mas que vão perdendo intensidade quando entram os coros de Weiland.

Esta aparente cedência não é necessariamente má se tivermos em consideração que todos os elementos que constituem os Velvet Revolver são exímios naquilo que fazem, o que torna a sua participação agradável, no entanto por vezes sente-se que deveriam concentrar-se mais em agir como um todo único, deixando de lado os seus egos e influências. Mas se pensarmos um pouco, é exactamente isto que os Velvet Revolver são: um conjunto de estrelas que ganharam uma posição de destaque nos projectos anteriores em que participaram, e sem eles, os membros da banda precisam de algo que lhes liberte energias. Nesse sentido, os Velvet Revolver preenchem as necessidades dos seus membros, assim como as de uma audiência que precisa de sangue fresco no Rock & Roll, digno dos bons velhos tempos e que traga as tão agradáveis memórias do mesmo. Libertad não traz totalmente essa injecção de sangue novo, mas cumpre o seu papel, porque as musicas que o constituem são agradáveis e melodiosas. De momento a que os Velvet Revolver consigam canalizar todo o carisma individual de cada elemento e agirem como uma banda, não como um conjunto de estrelas, então serão capazes de fazerem um excelente trabalho que irá ficar para a história e que irá fazer jus a todo o seu invejável reportório! Até lá, irão fazer álbuns agradáveis, mas nunca bestiais como um Appetite for Destruction (GN’R) ou um Core (STP).

 

publicado por AS às 18:11

Contraband (2004)


Lista de Músicas

 

1 Sucker Train Blues

2 Do It for the Kids

3 Big Machine

4 Illegal I Song

5 Spectacle

6 Fall to Pieces

7 Headspace

8 Superhuman

9 Set Me Free

10 You Got No Right

11 Slither

12 Dirty Little Thing

13 Loving the Alien

 


Contraband tem como protagonistas Slash, Duff e Matt Sorum, a quem se juntou o guitarrista Dave Kushner, que surgem numa versão moderna dos Guns N’ Roses impulsionada pela voz melodiosa e quase “elástica” de Scott Weiland. Com um vocalista que pertenceu aos Stone Temple Pilots e com a maioria dos membros serem ex-Guns N’ Roses, os Velvet Revolver surgem automaticamente como Super grupo. Went too fast I'm out of luck and I don't even give a f*ck, grita Weiland na faixa Do It For the Kids, sendo totalmente suportado pelo potencial da guitarra de Slash. Mas aquilo que é mais visível neste álbum é, sem duvida nenhuma, a maturidade dos elementos dos VR, algo que se revela no seu trabalho. Weiland continua a cantar e “transformar-se” tal qual um camaleão. Mas o seu apetite pela fama tornou-se maior, apesar da sua luta contra ela, acabando por se tornar o seu escape. Os restantes membros, Slash, Duff e Companhia continuam a espicaçar os seus demónios interiores, algo que se nota no início de Set Me Free, que nos faz recordar os velhos tempos. Apesar desta semelhança, que por muito que eles tentem, quem conheceu e acompanhou os projectos anteriores vai sempre fazer comparações e tentar arranjar elementos em comum, a banda teve o cuidado de não tornar este projecto num desfile nostálgico, explorando novos truques e sonoridades, e vários coros, que se assemelham ao estilo musical e lírico dos STP. Os versos pesados de Big Machine revelam uma faixa digna do melhor do Hard-Rock dos anos 90; por sua vez Headspace junta o melhor que os GN’R e os STP fizeram, mas mais aprimorado e aperfeiçoado, enquanto que Superhuman fala acerca do uso de substâncias ilegais, numa linguagem perceptível a todos. Contraband surpreende por conseguir superar as expectativas que se podiam criar em torno desta colaboração, algo que se observa no single Slither, que é uma referência desde o primeiro momento em que o ouvimos, fazendo-nos lembrar de faixas como a Nightrain (dos Guns N’ Roses), e à medida que o álbum vai abrandando de ritmo, em Fall to Pieces e Loving the Alien, o álbum cria uma série de momentos que se tornam quase inesquecíveis. Neste aspecto, acaba por haver uma compensação entre a dor proveniente da postura estudada e cínica de Weiland, com o desejo dos restantes membros de alcançarem o seu espaço. Afinal, se nos lembrarmos das suas experiências anteriores, provavelmente eles já viram tudo. Com Contraband os Velvet Revolver retiram o lado “certinho” da sua música, conferindo-lhe maturidade e hedonismo.


publicado por AS às 17:49

Biografia

 

 

Os Velvet Revolver começaram na Primavera de 2002, quando os ex-Guns N’ Roses Slash (Guitarra), Duff McKagan (Baixo) e Matt Sorum (Bateria) se juntaram para uma jam session. Ao se darem conta que ainda tinham bastante química, o trio decidiu procurar novos músicos e deu inicio ao processo de audição de vários vocalistas, para algo que na altura era conhecido como “O Projecto”. Os primeiros a se juntarem a este projecto incluíram Josh Todd, ex- Buckcherry e Kelly Shaefer dos Neurotica. No início de 2003, “O projecto” e a procura de um vocalista para ele tornou-se do domínio público, de tal forma que o canal VH1 documentou o assunto. Dave Kushner (Wasted Youth, Dave Navarro) também se juntou à banda como segundo guitarrista. Seguidamente, surgiu o Ex – Stone Temple Pilots Scott Weiland. Ele e a restante banda, desde o início, se encaixaram na perfeição, e gravaram uma faixa de glitter Metal para a Banda Sonora de Hulk, chamada de Set Me Free. Em Junho desse ano, “O Projecto” mudou (finalmente) de nome para Velvet Revolver, e Weiland tornou-se o vocalista da banda, apesar de ainda ter em mente as acusações ocorridas em Maio. A banda assinou um contrato com a RCA e passaram o resto do ano de 2003 a encaixarem concertos e sessões de gravação do seu álbum de estreia com a reabilitação de Weiland, ordenada pelo tribunal. A RCA anunciou o lançamento do primeiro álbum dos Velvet Revolver para Abril de 2004, mas Contraband acabou só por ser lançado em Junho.

Nessa mesma Primavera, enquanto Scott Weiland estava ocupado com a sua recuperação e com as presenças em tribunal, Slash e Duff avançaram com Contraband, e os fãs começaram a ganhar curiosidade e a gostar do projecto. Os Velvet Revolver lançaram o single Slither, uma sonoridade de rock ambicioso conduzida pela guitarra de Slash. Este single entrou directamente para os tops, e quando Contraband foi finalmente editado, teve bastante destaque e apreciação, não só por serem uma mistura de Guns N’ Roses com Stone Temple Pilots mas principalmente pela sua surpreendente maturidade. O sucessor de Contraband, Libertad foi lançado este Verão.

 

 Discografia

Contraband (2004)

Libertad (2007)

publicado por AS às 17:43

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