Sinopse: Harold Crick (Will Ferrell) é um agente do Fisco com uma vida completamente monótona cujo mundo fica virado do avesso quando ele começa a ouvir a sua vida a ser narrada por uma voz. A narradora, Kay Eiffel (Emma Thompson), uma autora quase esquecida de romances trágicos, luta para completar o seu último e melhor livro, sem sequer sonhar que o seu protagonista está vivo. Ficção e realidade colidem quando o resistente Harold ouve a narradora dizer que estão em movimento acontecimentos que conduzirão à sua morte iminente. Desesperado para escapar ao seu destino, Harold procura a ajuda do excêntrico professor de Inglês Dr. Jules Hilbert (Dustin Hoffman) e encontra um conforto inesperado num romance com Ana Pascal (Maggie Gyllenhaal). Infelizmente para Harold, os editores impacientes de Kay arranjaram uma assistente chamada Penny Escher (Queen Latifah) para ajudar a autora a acabar o livro e acabar com Harold.
Critica: Curiosamente este é um dos filmes mais interessantes do ano até ao momento. Com uma ideia suficientemente original para não se esgotar ao longo de duas horas, com uma realização que serve o argumento de forma agradável e com um elenco de competência irrepreensível, assistimos a um divertido filme que foge à banalidade desinteressante das comédias dos últimos tempos.
Stranger Than Fiction traz um Will Ferrell sem excessos cómicos, numa composição tocante na pele do simples Harold Crick – um homem que descobre quem realmente é e o significado da vida, quando ouve a sua vida ser narrada… por uma impressionante e desfeita Emma Thompson. Há tempo ainda de apreciar uma sempre contagiantemente jovial Maggie Gyllenhaal, uma surpreendentemente discreta Queen Latifah e mais um óptimo papel de Dustin Hoffman, a lembrar a sua personagem em I ♥ Huckabees.
Filme que vive de uma grande ideia mas que é riquíssimo em pormenores, ora mais doces ora mais amargos, ora simplesmente certeiros no seu retrato da estranha complexidade da aparente banalidade do quotidiano, Stranger Than Fiction sabe aliar prodigiosa imaginação e trato humano.
No final ficamos com a sensação de tempo bem passado, diversão… e realmente damos mais valor à vida em todos os momentos…