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Mar 07
No mesmo dia em que o jornal Público começou a publicar alguns dos álbuns do Spirou e Fantásio, em que alguns deles são inéditos no nosso país, eis que chega às nossas livrarias o ultimo álbum destes dois heróis da banda desenhada, Spirou e Fantásio em Tóquio.
 
Nesta aventura, Spirou, Fantásio e Spip encontram-se em Edo, a capital do país do Sol Nascente de 1603 a 1864. Paradoxo Temporal? Viagem no tempo? Nada disso: os nossos três amigos foram apenas convidados para a prestigiada inauguração do “Edo-Resort”, um gigantesco parque de diversões que reconstitui fielmente o Japão medieval. Mas Spirou e os companheiros não estão ali para se divertir. Viajaram para o extremo oriente à procura do seu amigo ilusionista Itoh Kata que lhes confiou uma missão especial: encontrar duas crianças com incríveis poderes paranormais e que foram detidas por Mankagana, um temível gangster com ambições imobiliárias duvidosas. Uma perseguição desenfreada levará os nossos heróis de Akihabara, o quarteirão electrónico, até Ginza, o quarteirão dos espectáculos, passando por Shinjuki, o território dos temíveis yakuzas, numa visita guiada particularmente movimentada...

Com um grafismo soberbo, a lembrar manga, esta história mostra-nos um Spirou e Fantásio fora dos ambientes e das aventuras a que os seus seguidores estão habituados, não há Zorglub nem Marsipulami, e temos um Spip mais inteligente que nunca. Não temos invenções, nem cogumelos com características especiais, antes pelo contrário, temos os nossos heróis com telemóveis, IPODs, e atacados por um espírito consumista digno da nossa sociedade.
 
Para muitos fãs, estamos perante um “ultraje” aquilo que era a essência a que o Mestre Franquin nos habituou, para outros é a renovação dos heróis ao nosso tempo.
Comparativamente com Paris Submerso, primeiro álbum publicado pela dupla Morvan/Munuera, a aventura em Tóquio ganha por ser mais real, mais convincente, não que não se goste do anterior, antes pelo contrário, parece ser retirado dum filme de ficção científica.
 
Este livro é, acima de tudo, uma bela homenagem à cultura japonesa, através de uma aventura frenética onde não faltam ninjas, yakuzas, um concurso de cosplay e até duas crianças com poderes paranormais, como na série “Akira”.
publicado por AS às 10:56

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