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Mar 07


Sinopse:
Passado nos anos 20, "O Véu Pintado" conta-nos a história de um jovem casal britânico – Walter, um médico da classe média e Kitty, uma mulher da alta sociedade - que casam pelas razões erradas e se mudam para Xangai, onde ela se apaixona por um outro homem. Quando Walter descobre que a mulher lhe é infiel, leva-a consigo para uma aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia, num acto de vingança. A sua viagem traz um novo significado à sua relação e à sua essência, num dos mais belos e remotos lugares ao cimo da Terra. Baseado no romance clássico de Somerset Maugham, o filme é protagonizado por Edward Norton e Naomi Watts, e foi vencedor de um Globo de Ouro para melhor BSO, tendo sido ainda nomeado para dois Independent Spirit Awards.
Crítica: Nesta terceira adaptação cinematográfica do livro escrito por Somerset Maugham em 1925, encontramos Edward Norton no papel de Walter Fane, um médico tímido de classe média, e Naomi Watts no papel de Kitty Fane, a sua esposa, uma mulher da alta sociedade londrina. Depois da interpretação de
, Greta Garbo e Herbert Marshall num filme de Richard Boleslawski ("O Véu das Ilusões"), e Eleanor Parker e Bill Travers, em "O Sétimo Pecado", pelas mãos de Ronald Dreame, cabe agora a John Curran filmar esta história de amor, passada nos anos 20, numa China em tempo de revoltas nacionalistas.
O filme de John Curran foi todo rodado na China, para captar o real contexto de um dos períodos mais dramáticos da história do país. Uma experiência que, para os actores, não está ao alcance de todos - note-se a lesão nas costas sofrida por Edward Norton. No entanto, filmar num lugar paradisíaco e quase inacessível aos turistas permitiu ao realizador cruzar a história de amor com a história do país e das pessoas.
Edward Norton, num registo bem diferente do que nos habituou, interpreta um médico tímido, mas no entanto, por vezes austero, e muito sofredor, mostrando todas as suas qualidades não só como actor mas também como produtor.
Quanto a Naomi Watts - escolhida para o papel pelo próprio Edward Norton - está bastante bem, fazendo-nos sentir toda a sua dor, como mulher amargurada, trespassada pela confusão de sentimentos, deixando-nos arrebatadoramente presos a si.
John Curran filma a película de forma extraordinária misturando a história dos dois personagens, com as paisagens paradísicas da China, e com a excelente música de Alexander Desplat, bem merecedora do Globo de Ouro.
Uma história de amor bem diferente do típico romance comum, que nos prende à cadeira durante os cerca de 120 minutos e que nos faz pensar que, mais uma vez, foi esquecido um prémio para Edward Norton...

publicado por FV às 17:11

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