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Mar 07

Sinopse: Sheba Hart (Cate Blanchett) é a nova professora de arte e o sonho de qualquer adolescente – elegante, loura, atraente e simpática, dócil e branda de tal forma que não consegue controlar os seus alunos. Seria então de esperar que fosse casada com um jovem advogado, com uma carreira promissora, com uma família “típica” tal qual o estatuto da sua classe social assim indicaria. Mas a realidade, neste caso, é bem diferente – casada desde os 20 anos com um homem muito mais velho, cuidou nos últimos 10 anos do seu filho com sindroma de Down e acompanha a filha no auge da adolescência. Quando finalmente consegue arranjar uma escola para o seu filho, decide então voltar a dar aulas, e é então que sentiu a necessidade de cometer actos irresponsáveis ou até mesmo escandalosos, levando-a a manter uma relação extraconjugal com um dos seus alunos de 15 anos.
Barbara (Judi Dench), por sua vez, é uma professora antiga naquela escola, pouco amada pelos alunos mas que consegue impor respeito, personificando a imagem da tradição e da “velha guarda” numa escola moderna. Aproxima-se de Sheba como colega, mas ao se deparar com a realidade familiar desta e com a sua fragilidade, resolve estreitar amizade entre elas. Ao descobrir o seu envolvimento com o aluno, aproveita-se do segredo para egoisticamente entrar no quotidiano de Sheba, e narra a história, através do seu diário, onde revela não só os seus sentimentos, pensamentos ou segredos, mas também as suas intenções corrompidas pelo interesse, reflexo de uma mente tortuosa, manipuladora e obsessiva.
 
Critíca: Estamos perante um filme que tem vários aspectos interessantes: um duelo brilhante entre as duas personagens, que fazem papeis soberbos, fazendo-nos identificar com o conflito interior em que vivem, que acaba por não passar de um retrato psicológico muito bem construído, satírico em relação à sociedade e à luta de classes. Tudo isto e a forma como o enredo foi tão bem conduzido, para isso contribuindo em grande parte a música de Philip Glass, fazia-nos prever que estávamos perante um magnífico filme. Mas infelizmente, para mim, quando estamos a atingir o clímax da história, em que se define todo o destino a dar aos personagens, dei por mim com um amargo de boca ao ser confrontada com o final. Mas não conhecendo o romance de Zoe Heller que serviu de base ao argumento da história, e dando também o beneficio da duvida ao argumento de Patrick Marber (do brilhante Closer) o filme peca pelo seu final, pois embora pareça ser o final esperado acaba por não fazer sentido perante o desenrolar da história!
publicado por AS às 15:19

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