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Mai 07
Um filme co-produzido entre Espanha e França, realizado por Jose Luís Cuerda, que trabalhou com Alejandro Aménabar, estreia hoje nos cinemas nacionais.
Uma produção que olha para a família interligando esse mundo com o universo das fábulas, tratando um realismo que não recusa entrar em situações bem dramáticas (como casos de assédio sexual ou da inevitabilidade e proximidade da morte), devidamente compensadas por algumas linhas de diálogo com um humor contagiante. Aqui deixamos mais um trailer de uma produção europeia a bom nível. «A Educação das Fadas»:

Bons trailers e bons filmes,
 Filipe Vilhena e Alexandra Silva
publicado por FV às 17:56
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Sinopse: Michael (Zach Braff) e Jenna (Jacinda Barrett) estão juntos há três anos. Aparentemente ambos acham que tem a vida perfeita: alguém que os ama, um grupo de amigos de longa data, uma carreira brilhante. Tudo o que muitos desejam na sua vida. No entanto, Michael está a um mês dos 30 anos, e o futuro surge-lhe como uma viagem assustadora, porque sente que a sua vida vai ficar sem entusiasmo, surpresas, rodeado duma previsibilidade enfadonha, especialmente com a recente gravidez de Jenna. A este pânico latente vem adicionar-se o aparecimento da sedutora Kim (Rachel Bilson), símbolo da liberdade e da espontaneidade que Michael procura.
Em suma, Michael atravessa uma crise de meia-idade, antecipada pela velocidade estonteante a que nos movemos, e que parece “atacar” os seus amigos: Chris (Casey Affleck) está cansado da agressividade com que a sua mulher o trata após o nascimento do seu filho e de ser rotulado de incapaz de compreender as necessidades tanto da mulher como da criança; Izzy (Michael Weston) está a ter dificuldades em lidar com o final da sua relação com Ari (Marley Shelton) e principalmente em aceitar que tem que retomar a sua vida; e Kenny (Eric Christian Olsen) que quer manter a todo o custo o seu estatuto de eterno solteiro.
 
Crítica: Este filme tem algo que o torna, à partida, difícil de o classificar: primeiro porque é catalogado de comédia romântica, quando é tudo menos uma comédia e depois pela publicidade em torno de entrar Zach Braff (o protagonista do fabuloso Garden State) o que pode levar-nos a esperar um filme diferente e, por isso, muitos se sentirão defraudados ao vê-lo.
No entanto O último beijo é muito sério e um olhar atento, até mesmo cirúrgico sobre o que exige o compromisso com outra pessoa.
Como sabemos que estamos com a pessoa certa? Será que não estamos com alguém apenas por medo da solidão? Qual é o caminho para a verdadeira felicidade? Será que escolhemos o caminho certo ou apenas o mais fácil? Basicamente, deixa-nos perante os eternos “ses”, em que a honestidade perante nós próprios e os outros é o único guia de orientação. Daí, ser um retrato no qual nos acabamos sempre por reconhecer: todos os nossos sentimentos de dor, raiva, paixão, revolta e duvida estão ali espelhados.
Mas, como já referi anteriormente, O último beijo é muito mais dramático do que o título, o cartaz e o próprio elenco dão a entender e a aparente falta de química entre Zach Braff e Jacinda Barrett não ajudam a que tenham papéis extraordinários. Estão bem, melhor ela que ele, mas ficamos com a sensação que poderiam estar bem melhores.
De destacar é a excelente banda sonora que ajuda a tornar o ambiente ainda mais dramático, onde encontramos nomes tais como Imogen Heap, Rachael Yamagata, Ray LaMontagne ou Snow Patrol, e Joshua Radin. Mas a cena melhor de todo o filme e, para mim aquela com que mais me identifico é a que tem como pano de fundo a fabulosa Warning Sign dos Coldplay, que acaba por resumir muito bem a “moral” que se pretende passar no filme.
O crescimento é confuso, difícil, doloroso, e cheio de escolhas que não queremos fazer, mas o melhor sinal de que estamos a chegar lá é quando somos capazes de assumir as consequências dos nossos próprios actos. Em última instância, é por aquilo que fazemos, pelas nossas escolhas, que a nossa essência humana vem ao de cima. E há sempre um beijo que tem de ser o último!
publicado por AS às 15:51

Sinopse: Amor e sexo. Alguns andam à procura, outros precisam. Uns rejeitam, outros compram. Mas estamos todos envolvidos. A única coisa que realmente nos une é a nossa tentativa de nos ligarmos uns aos outros. Seja emocional, física, subliminar ou sexualmente, como seres humanos precisamos de contactar uns com os outros. Mas quais são as regras? Como sabemos que alguém gosta ou está apaixonado por nós? Como é que decidimos ligar-nos a uma pessoa, por um momento ou para a vida inteira? A palavra mais usada quando estas questões são discutidas é “amor”. Segundo alguns grandes pensadores, o amor é uma noção inatingível, movida mais pela necessidade que pela realidade, enquanto que para outros é a única coisa que torna a vida remotamente apetecível e sem a qual seria intolerável. Passado durante uma tarde, no Parque de Hampstead Heath, em torno das existências de sete casais, «Cenas de Natureza Sexual» mostra como é que tentamos encontrá-lo e como é que nos comportamos, perante o amor, o desejo… e todas as complicações que esses sentimentos nos trazem!
Crítica: Vivemos num mundo cinematográfico, passado no plano blockbuster e na guerra pela comercialização e audiência, o que nem sempre, ou muito raramente, atrevo-me a dizer, é bom para o cinema. Perde o cinema, perdem os espectadores.
Vanglorie-se então esta lufada de ar fresco proveniente de Inglaterra. Um filme independente concretizado contra todas as probabilidades e com muito pouco dinheiro, este é mais um caso exemplar de sucesso inesperado, tendo sido considerado pela Screen International como o lançamento de distribuição própria mais bem sucedido na Grã-Bretanha.
Em seis semanas, esta equipa conseguiu reunir o dinheiro necessário, um elenco de primeiro nível, e rodar os 90 minutos que dura a película. Um argumento capaz e a criatividade e engenho dos seus criadores fizeram o resto.
E assim se construiu um filme simples, que aborda de forma simples e real, sem esforços e artifícios, um retrato recheado de circunstâncias perfeitamente triviais sobre relações, sejam elas quais forem. Encontramos um casal homossexual, Ewan McGregor e Douglas Hodge, um casal recém-divorciado, Adrian Lester e Catherine Tate, um casal de idosos revivendo o passado, Eileen Atkins e Benjamin Whithrow, um casal no seu 1º encontro, Hugh Bonneville e Gina McKee, e um casal em apuros devido a uma jovem francesa, Andrew Lincoln e Holly Aird, bem como muitos outros que se cruzam nesta paleta de relações.
Um filme fluído, sem rodeios nem devaneios, escrito de forma simples e directa, como poucos há no cinema. Uma boa surpresa, um filme a ver. Diversas histórias… todos nós nos revemos em alguma…

publicado por FV às 11:14

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