Favourite Worst Nightmare (2007)
Favourite Worst Nightmare (2007)
O primeiro álbum dos ArcticMonkeys foi um fenómeno instantâneo, sem par. Num ano a banda saiu de um fenómeno da Internet para se tornar a maior banda do Reino Unido.
Todas as demos saídas na Internet, levaram a que a legião de fãs fosse crescendo a olhos vistos, mesmo antes de a banda sequer se aventurar na indústria discográfica e no mundo “real”.
Da última vez que tinha surgido tanta excitação em volta de uma banda britânica tinha sido com os Oasis e o seu Definitely Maybe (álbum de estreia da banda de Manchester), lançado em 1994, quando os membros dos Arctic Monkeys ainda estavam a festejar os seus 10ºs aniversários… Assim sendo, ninguém fica surpreendido quando os Arctic Monkeys se referem aos Oasis como a sua maior referência, sendo no entanto em 2001, graças aos The Strokes, que os Arctic Monkeys tomaram a sua vontade de tocar.
Neste primeiro álbum, Whatever people say I am, that’s what I’m not, a jovem banda de Sheffield apresenta inclusivamente semelhanças de estilo aos The Strokes, adicionando um elemento de punk neo-clássico presente nos the Libertines. No entanto, enquanto os The Strokes, the Libertines e Franz Ferdinand se focam em demasia no passado, os Monkeys apenas olham para o presente, para o agora, contando histórias das suas vidas – maioritariamente encontros com raparigas em pistas de dança e de noites de bebedeiras, balanceadas pelas ocasionais imagens trágicas de prostituição na indústria musical.
Este é um álbum repleto de riffs angulares e fortes, com letras simples e puras, vindas do coração de jovens simples, sem qualquer sentido de sex appeal ou romance, ou mesmo desejo por outrem, distanciando-se assim dos The Strokes e the Libertines.
No entanto, devido ao uso, por vezes exagerado, dos riffs e justaposições este álbum pode tornar-se previsível, não sendo por isso mau, antes pelo contrário: a banda mostra-se bastante competente, ficando no entanto a sensação de que podiam ter tido maior imaginação…
Mas, acima de tudo estamos perante um excelente álbum de estreia, dos melhores e mais galardoados dos últimos anos… e perante uma banda que pode sonhar com voos mais altos, mais que não seja, pelas excelentes capacidades líricas do jovem vocalista/guitarrista/compositor Alex Turner, por vezes semelhante a Jarvis Cocker – dos Pulp – mas com mais ambição…
Biografia
No natal de 2003, os vizinhos Alex Turner e Jamie Cook, recebiam como presente guitarras. Desde essa data, que os jovens desataram a tocar, treinar intensivamente até à obsessão, memorizando músicas de White Stripes, e the Vines. Juntaram-se então com os amigos Andy Nicholson e Matt Helders, ficando Turner na voz e guitarra, Cook na guitarra, Nicholson no baixo e Helders ficou com “o que sobrou” – como o próprio indica –, a bateria.
Com um estilo onde são visíveis influências de the Jam, the Clash e The Smiths, e com os Oásis como referência, formaram-se assim os Arctic Monkeys, com um som Britpop-alike, entrando na nova vaga do movimento…
Os Arctic Monkeys iniciaram também um novo movimento, ao se “aproveitarem” da Internet para divulgar o seu material, sendo a primeira “banda MySpace”, atingindo enorme sucesso ainda antes de editarem oficialmente qualquer álbum ou single.
Na primavera de 2004, assinaram contrato com a Domino, editora de bandas “colegas” como os Franz Ferdinand e os Clinic. Em Outubro de 2005, lançam o seu 1º single, «I Bet that you look good on the dancefloor», que atinge o pico do topo nos tops do Reino Unido. Em Janeiro do ano seguinte, editam o seu primeiro álbum: Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, tendo vendo só no Reino Unido, no primeiro dia 118501 cópias, alcançando um record e vendendo sozinho mais que os restantes álbuns juntos, que compunham o top 20. Na primavera do mesmo ano, lançam o EP Who the Fuck Are Arctic Monkeys.
Durante a primeira digressão norte-americana, sofrem a primeira baixa, com a saída do baixista Andy Nicholson, que saiu devido a se apresentar cansado, sendo substituído por Nick O’Malley.
No Outono de 2006, os Arctic Monkeys, começam a senda de recepção de prémios vencendo o 2006 Mercury Prize, ganhando os prémios de Best Breakthrough Act nos Brit Awards, bem como Best New Band e Best British Band nos NME Awards.
Aproveitando todo o hype em sua volta, a banda editou o segundo álbum Favourite Worst Nightmare, na primavera de 2007, tendo no mesmo ano arrecadado ainda mais prémios nos Brit Awards, desta feita para Best British Band e Best British Álbum com Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not.