Sinopse: Seguindo de onde havíamos ficado em Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto, nesta terceira parte da saga reencontramos os nossos heróis Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) aliados ao capitão Barbossa (Geoffrey Rush) numa busca desesperada para salvar o Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) da alucinante armadilha do cofre de Davy Jones – enquanto o aterrador navio fantasma, O Holandês Voador e Davy Jones, sob o controle da Companhia East India Trading, semeiam a destruição pelos sete mares.
Navegando através da deslealdade, da traição e por águas selvagens, eles terão de chegar até à exótica Singapura e enfrentar o matreiro pirata chinês Sao Feng (Chow Yun-Fat).
A caminho dos confins da terra cada um deve, finalmente, escolher de que lado está numa titânica e final batalha – pondo em risco não só as suas vidas e destinos, mas deixando a sobrevivência do libertino estilo de vida “pirata” preso por um fio.
Crítica: Chega até nós a terceira, e possivelmente última, parte desta saga, que trás Johnny Depp num dos papéis da sua carreira. Ele sozinho havia reinventado todo o estilo pirata - supostamente imitando Keith Richards dos Rolling Stones, com quem contracena nesta película - e dado enorme fulgor a um blockbuster de verão, que foi a primeira parte da saga.
Neste terceiro filme encontramos os "piratas" Will e Elizabeth juntos ao capitão Barbossa e a braços com um grave problema: Jack Sparrow havia "desaparecido", caindo na armadilha do cofre de Davy Jones, e este mesmo havia-se aliado à Companhia das Índias Orientais, liderada por Lorde Cutler Beckett, que assim governavam o mar a seu bel-prazer, levando à quase extinção a "raça" pirata.
Neste capítulo, encontramos a história bem delineada e traçada entre os diversos personagens, havendo ainda vontade de ver mais de Sao Feng - com uma aparição relativamente curta - e de Teague Sparrow - brilhante Keith Richards.
No conjunto, todo o filme é fora de série, tendo uma dimensão técnica que não desilude e um punhado de efeitos especiais muito bem encetados. Peca na duração, sendo que no entanto, o tempo parece não passar quando se acompanha Jack Sparrow nas suas diversas personalidades e luta interior, simbolizada por diversos Jack's. Também o factor da história apresentar muitos novos factos e personagens prolonga um pouco mais o filme...
Quanto à música, acompanha na perfeição os momentos cruciais do filme, juntando-se a um punhado de boas representações: Bill Nighy - com uma excelente caracterização -, Chow Yun Fat - pena que a aparição seja curta -, Geoffrey Rush e Keira Knightley, sem esquecer Jack Sparrow. Quem também surpreende é Jack Davenport, que já havia tido grande importância na segunda parte da história. As desilusões são um vilão talvez demasiado brando, na pessoa do Lorde Beckett, e um papel um pouco difuso de Orlando Bloom, ficando ligeiramente aquém dos anteriores. Ainda uma nota para Stellan Skarsgard - também com uma caracterização fenomenal - e Keith Richards, que têm aparições brilhantes.
No fundo, temos um bom final para a trilogia... e uma trilogia que deixa a desejar ver mais e aprofundar personagens...
Vamos esperar pelos estúdios Disney e pelo trio Depp/Verbinski/Bruckheimer...