É impossível falar sobre os Editors sem os comparar com os Interpol. Ambos têm a mesma sonoridade, intensificadas pelas vozes envolventes dos vocalistas. No primeiro álbum, as semelhanças poderiam ser suspeitas, mas este ano os Editors voltaram com outro álbum coeso, interessante, destacando-os de todas as comparações e semelhanças existentes em torno deles. Enquanto que a maioria das bandas tenta se reinventar no segundo álbum, os Editors mantiveram a mesma fórmula de The Back Room, mas com o cuidado de a melhorar, de tal forma que, quando ouvimos este An End Has a Start não só nos recordamos do álbum anterior, como ainda ficamos mais viciados e com mais vontade de ouvirmos ambos. Embora a sonoridade seja semelhante, encontramos músicas que nos fazem sentir uma lufada de ar fresco que mantém um intenso e constante interesse no álbum, tal é a rapidez com que ele nos entra no ouvido. Em traços gerais, estamos perante um álbum simples mas brilhante e de excelente audição, mantendo-se fiéis à sua base de Indie Electrónico, porque An End Has a Start pega no melhor de The Back Room, mas desenvolve-o, tornando-se num projecto ambicioso. Exemplo disso é a faixa de abertura e primeiro single Smokers Outside the Hospital Doors. Esta é uma excelente música, conduzida pelo toque da bateria que dá maior impacto ao coro. Nesta faixa ficamos com a sensação que temos uma grande banda que pretende ter um excelente álbum, causando um grande impacto e, sem dúvida nenhuma, conseguem-no.
Ao contrário de The Back Room, nem tudo parece negro, antes há um encontrar uma luz ao fundo do túnel, como podemos ver na lindíssima The Weight of the World em que no refrão Tom Smith canta: Every little piece of our life will mean something to someone.
Resumindo, estamos perante um álbum viciante, do qual gostamos muito facilmente, principalmente para quem gostou do anterior.