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Set 07

                                     

Conan Doyle tornou-se conhecido pela criação dum personagem que se tornou maior que ele, o Detective Sherlock Holmes. Farto do protagonismo e das ascensão que Sherlock tinha alcançado pelo mundo todo, Conan Doyle mata o seu personagem e, desta forma pensava conseguir escrever outro tipo de histórias. O tempo iria “obrigá-lo” a ressuscitar Sherlock Holmes, mas também lhe permitiu explorar outros assuntos e, principalmente outras aventuras e géneros literários que vão desde A Companhia Branca até às aventuras do Professor Challenger no Mundo Perdido.

Por cá a Editora Livros do Brasil encarregou-se de incluir na sua colecção Vampiro Gigante, iniciada com os 56 contos e 4 romances que constituem a saga Holmesiana, as Obras Escolhidas de Conan Doyle continuam com as restantes histórias de mistério, aventura e emoção produzidas pelo criador do grande detective, ao longo de uma carreira literária que se prolongou por cerca de 50 anos. Nesta nova fase da colecção, são recolhidas, nas suas versões originais, as narrativas que mais contribuíram para o justo renome de Conan Doyle como hábil contador de intrigas empolgantes que, desde o inicio, despertam o interesse do leitor e o mantêm até ao desfecho, com perícia similar à que fez de Sherlock Holmes o mais conhecido e carismático detective de todos os tempos.

Depois de Histórias à Lareira e À Espera de Sherlock Holmes, eis que nos chega o terceiro volume da colecção intitulado de As Aventuras do Brigadeiro Gérard, cujo herói é Étienne Gérard, valente soldado da Grande Armada que, matreiro e folgazão, vive as mais pitorescas aventuras durante a cavalgada das tropas napoleónicas através da Europa – e, como elas, vem esbarrar nas Linhas de Torres Vedras. Este constitui de facto, uma surpresa e um corte com aquilo que se tinha lido até então, principalmente tendo em conta que este foi escrito após a “morte” de Sherlock Holmes. As aventuras de Gérard e o próprio personagem em si são bastantes interessantes, fazendo até recordar, ainda que com grandes diferenças, Miguel Strogoff de Júlio Verne, mas ao contrário deste, peca por ter uma linguagem confusa, tornando-se, em algumas partes, estranho e provoca alguma dificuldade em entender a ideia que se tenta passar. Tirando isto, é uma história bem desenvolvida, digna do mestre que a desenvolveu!

publicado por AS às 14:58

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