31
Dez 07
As últimas horas aproximam-se... contam-se as últimas piadas, passam-se os últimos momentos...
Vemos os últimos filmes, ouvimos as últimas músicas, lemos os últimos livros...
2007 está no fim... 2008 chegará repleto de novas aventuras, com novos filmes, livros, músicas...
Estaremos presentes para acompanhar e informar...

Desejamos a todos um excelente 2008, com muita cultura!

Filipe Vilhena & Alexandra Silva
publicado por FV às 19:41

30
Dez 07


Sinopse: Existem mundos para além do nosso. A New Line Cinema (Trilogia “O Senhor dos Anéis”) apresenta «A BÚSSOLA DOURADA», uma grandiosa aventura que se desenrola num mundo alternativo com fortes ligações ao nosso e que conta com um elenco de luxo, a vencedora de Óscar Nicole Kidman, a estreante Dakota Blue Richards, Sam Elliott, Eva Green e Daniel Craig. «A BÚSSOLA DOURADA» é uma empolgante aventura sensorial passada num mundo fantástico paralelo onde as almas das pessoas se manifestam como pequenos animais, ursos falantes travam batalhas e as crianças desaparecem misteriosamente.
No centro da história está uma rapariga de 12 anos, Lyra, que parte numa viagem para encontrar e salvar o seu melhor amigo, Roger, e termina numa extraordinária cruzada para salvar não só o seu próprio mundo, mas também o nosso…

 

Crítica: Baseado no primeiro livro da trilogia “His Dark Materials”, apelidado de “Os Reinos do Norte”, esta é mais uma adaptação de um filme fantástico depois do hype  “Senhor dos Anéis”.

Conhecendo apenas um pouco do livro, que ainda não acabei de ler, acho que a adaptação está muito interessante, a meu ver melhor que “Harry Potter”, tendo como grande suporte, curiosamente, a estreante Dakota Blue Richards, como Lyra, que dá uma profundidade e uma dimensão muito forte à personagem central da trilogia de Pullman.

Uma aventura épica, onde viajamos com gípsios, ursos guerreiros, bruxas voadores, daemons… e onde se enfrenta o Magisterium, que pode ser comparado ao Vaticano, o que valeu enormes críticas a Pullman e boicotes a esta película, por parte da Igreja Católica, acusando o realizador Chris Weitz e os actores de heresia.

Outro ponto, que será um dos mais fortes e interessantes da película, e que também gerou imensas críticas por parte da Igreja, são os daemons, pequenos animais que correspondem à alma de cada um…

Quanto a nós, um dos grandes problemas na fraca aceitação deste épico foi a pouca dimensão e profundidade dada na exploração dos personagens, ponto comum em quase todas as críticas apresentadas, bem como o facto (conhecidos alguns casos por nós) de quem visiona o filme, sem se inteirar do seu contexto, perdendo assim a essência do mesmo… Com isto refiro que, ao vermos este filme, temos que ter em atenção que é o primeiro de três passos que damos neste universo, deixando por isso alguma margem de manobra a Weitz para uma maior exploração dos fortes personagens (que foram quase acessórios) desempenhados por Nicole Kidman, Daniel Craig e Eva Green…

Esperamos assim que, com a continuação, e posterior conclusão, desta saga os universos de Pullman sejam melhor retratados e Weitz consiga dar um tom mais épico e fantástico e menos CGI (que no entanto está fantástico) que esta história merece, pois será com certeza uma das aventuras mais poderosas desde o “Senhor dos Anéis”, batendo quanto a nós, “Harry Potter”, “Eragon” e até mesmo “As Crónicas de Narnia”, filmes com que é constantemente comparado.

publicado por FV às 16:29

29
Dez 07
No último fim-de-semana do ano, sugerimos uma banda que andamos com alguma curiosidade em conhecer e que iremos, no novo ano, tentar conhecer e ouvir melhor.
Deixamos uma música dos Maps, banda que lançou este 2007, o seu We can create, de onde se extrai o teledisco que deixamos em destaque, "To the sky", com votos de que o novo ano vos leve a alcançar voos infinitos.
Filipe Vilhena & Alexandra Silva
publicado por FV às 16:23

28
Dez 07

Our Love To Admire (2007)

 

Lista de Músicas

 

1 Pioneer to the Falls

2 No I in Threesome

3 The Scale

4 The Heinrich Maneuver

5 Mammoth

6 Pace is the Trick

7 All Fired Up

8 Rest My Chemistry

9 Who do you Think?

10 Wrecking Ball

11 The Lighthouse

 

 

Como já foi mencionado os dois primeiros álbuns dos Interpol estavam envoltos numa atmosfera sombria. Pois bem, ao terceiro álbum e, para surpresa de muitos, os Interpol surgem com uma sonoridade que corta com o que tinha sido feito até então e, desta feita, Our Love to Admire mostra-nos uma banda que procura refrescar a atmosfera pesada do Madison Square Garden. Antics, de certa forma, já “levantava um pouco do véu”, mostrando uns Interpol em busca de algo diferente no seu trabalho. Mas, à semelhança do que acontece várias vezes, uma determinada fórmula classificada de nova ou melhorada, não significa necessariamente que seja qualquer uma destas. Desta forma, aquilo que poderia ser algo inovador, acaba por expôr as limitações dos Interpol, em vez de mostrar o seu potencial.

Com uma produção mais cuidada e mais instrumentos à sua disposição, o grupo tem tendência a tornar-se indulgente, e as musicas acabam por sofrer com isso. Não estamos a dizer que Our Love to Admire é um flop, nada disso! A falha na concepção deste álbum foi tê-lo construído para atingir um grande sucesso comercial, acabando por se perder um pouco da coesão musical que havia nos álbuns anteriores. A melhoria que conseguimos encontrar aqui é, sem dúvida, a capacidade de escrita de Paul Banks, as mensagens que outrora eram lidas entre linhas, em Our Love to Admire é quase impossível tentarmos fazê-lo, porque tudo é explicado de forma directa, provocando até algumas “queixas” por parte do sexo oposto, atingindo um grau surrealista de estrela de Rock dos anos 80. Exemplo disso é No I in Threesome, onde ostensivamente se tenta convencer a namorada a convidar uma amiga para um Ménage, sendo uma hilariante paródia a um momento de embaraço. The Heinrich Maneuver “choca” contra uma actriz manipuladora, divertida e de coração frio e em Rest My Chemistry, o vocalista encontra-se a braços com uma eterna questão: alguma vez estaria demasiado "pedrado" para ter sexo com uma jovem groupie? (sabemos que é uma jovem groupie por causa de frases como esta: You look so young like a daisy in my lazy eye", nada menos.)

Mais do que nunca, Paul Banks tenta trazer alguma simpatia às músicas e consegue-o em Wrecking Ball.

Em No I in Threesome, é sugerido: "It's time we give something new a try." A tentativa de alcançar uma espécie de alivio da consciência acaba por sair tão condenada quanto a tentativa de tornar Our Love to Admire um álbum de massas. A pergunta que fica no ar é então a seguinte: Será que os Interpol conseguirão fazer um OK Computer (Radiohead) ou um Closer (Joy Division)? Esperemos que sim, até porque tem potencial para isso, mas até este momento só Antics conseguiu uma aproximação!

 

publicado por AS às 10:50

Antics (2004)

 

Lista de Musicas

 

1 Next Exit

2 Evil

3 Narc

4 Take You on a Cruise

5 Slow Hands

6 Not Even Jail

7 Public Pervert

8 C’mere

9 Length of Love

10 A Time to Be So Small

 

 

O álbum de estreia dos Interpol, Turn On the Bright Lights foi um marco não só na carreira da banda e no panorama do mundo Indie, mas também graças à enorme popularidade que alcançou colocou os Interpol numa situação complicada: se a banda cai, a sua humilhação vai ser enorme. Por isto, o segundo álbum tornava-se um dilema, pois o peso da responsabilidade era maior. Felizmente, os membros dos Interpol perceberam bem que não podiam ter como garantido aquilo que muitas outras bandas assumem como tal: a carreira de uma banda não se faz nem se destrói apenas pelo sucesso atingido pelo segundo álbum, um sucessor ideal não tem que necessariamente ser semelhante ao primeiro nem redefinir a sonoridade pré-estabelecida de forma a ser bem sucedido. A redefinição, no caso dos Interpol, não é um problema porque o que torna Turn on the Bright Lights único é a sua singularidade intemporal. Portanto, ficou esclarecido que o objectivo de Antics não era ser um Bright Lights 2. Os Interpol evitaram as armadilhas comuns, por não permitirem que a pressão que rodeava este lançamento os controlasse, bem como a posição ténue entre astúcia, auto-consciência e a diversificação necessárias retirassem a este álbum a abertura e plasticidade pretendidas.

Antics está envolto numa aura pesada que é visível no próprio art work do álbum, que vai desde fotos em tons de cinzento a pequenas frases escritas em Código Morse que representam partes dos nomes de algumas faixas (Length, Narc, Cruise, Exit, respectivamente).

O primeiro single retirado de Antics, Slow Hands faz lembrar o álbum de estreia dos Interpol e acaba por representar uma metáfora para Antics como um todo: Após reflectir durante o rescaldo de uma relação segura, tomada como garantida, Paul Banks pega no “peso” descrito em Obstacle 1 de Turn on the Bright Lights, retirando-o do seu coração e projectando-o para a mulher que presumivelmente provocou esse “peso”. No entanto, musicalmente, esta faixa está longe do que os Interpol tinham feito até então, reflectindo uma produção cuidada e um refrão (We spies/ We slow hands/ You put the weights all around yourself) semelhante aos usados em estilos Pós-Punk ou músicas mais dançáveis. Similarmente, Antics “joga” por antecipação, controlando expectativas desmesuradas, funcionando como uma colecção forte de singles do que como um álbum coeso e perfeito. E se até então os Interpol eram sinónimo de desolação emotiva, neste momento optaram por uma atitude de extrema resignação.

A faixa de abertura, Next Exit é imediatamente diferente; a progressão do órgão em conjunto com o ritmo marcado pela bateria anunciam uma banda diferente. É claramente notório que os Interpol mudaram, deixando o seu tom mais “casual”, para experimentar novas técnicas de mistura: o Baixo de Carlos D. e a guitarra de Daniel Kessler são parcialmente “silenciados” para dar espaço e realce à voz de Banks, permitindo-lhe explorar novos horizontes, conduzindo a banda a uma sonoridade mais Pop aliada a eloquência lírica. A voz de Paul Banks em faixas como Narc emerge onde outrora estava como que enterrada num nevoeiro impermeável, facto que era considerado por muitos, e até mesmo pelo próprio Banks, algo monótono, e estes conseguem apreciar melhor esta mudança de ritmo.

Embora a maioria das canções que constituem Antics revelem uma clara mudança de rumo, a progressão natural dos Interpol é evidente. Evil, por exemplo, tem um ritmo muito mexido para contrabalançar a sua letra ambiguamente desoladora. A banda revela algum auto-controlo em Narc, onde o sintetizador do órgão teria um papel de destaque, que acaba por ser atribuído à guitarra de Kessler e o trabalho de Carlos D. no baixo é quase imperceptível. O ritmo disco-pop de Lenght of Love inicialmente parece estar em desacordo com a excelente orquestração, mas este contra senso acaba por trazer um elemento dinâmico à limitada composição da música.

A banda não perde o cuidado e o brio para a exploração e construção épica, apesar de Take You On a Cruise, Not Even Jail e Public Pervert colocarem a secção do meio do álbum num patamar teatral e negro que foi a imagem de marca da estreia da banda, enquanto que a expansiva A Time to Be so Small, com o seu ritmo e imagem “cadavérica” faz com que Antics termine com uma espécie de inquietude macabra.

Embora os Interpol não pudessem esperar ultrapassar os alvos atingidos com o álbum anterior, é difícil imaginar um segundo álbum mais satisfatório do que este. Mas o que se torna de facto interessante é que a banda teve o cuidado e a sabedoria para ignorarem uma percepção reduzida da sua carreira, determinando que, Turn On the Bright Lights foi um audacioso salto de uma grande altura, enquanto que Antics é a crucial aterragem. Até mesmo neste aspecto a banda foi muito bem sucedida. No entanto, esta “libertação” enfatiza o aspecto que, no grande esquema que é a carreira dos Interpol, este é apenas um de uma série de bons álbuns. Antics mostra uns Interpol a libertar-se do peso da sua bagagem pesada e (felizmente) vieram para ficar.

 

publicado por AS às 10:47

Turn on the Bright Lights (2002)

 

 

Lista de Músicas

1 Untitled

2 Obstacle 1

3 NYC

4 PDA

5 Say Hello to the Angels

6 Hands Away

7 Obstacle 2

8 Stella Was a Diver and She Was Always Down

9 Roland

10 The New

11 Leif Erikson

 

 

Falar de Interpol é difícil, assim como deve ter sido bastante complicado classificar e adjectivar os Joy Division quando estes começaram a dar os seus primeiros passos. A verdade é que por muito que se possa dizer de ambas, o seu mérito começa naquilo que lhes é comum: a imensidão de coisas que estão associados ao conceito de preto e branco, como se o seu mundo fosse apenas composto por estas cores, e pegando nesta premissa, criou-se um “universo” doloroso, profundamente penetrante, e igualmente lindíssimo. Exceptuando algumas semelhanças vocais, é aqui que o paralelismo entre os Interpol e os Joy Division acaba. Todos os adjectivos que se possam usar para descrevê-los serão os mesmos que utilizaremos para classificar várias bandas dos anos 90. Comparações à parte, quando Turn On the Bright Lights foi lançado, em 2002, desde o início que se sentiu que estávamos perante algo diferente e único, tal não eram a urgência e o fundamentalismo prementes nas suas letras. De facto, o primeiro álbum de originais da banda está repleto de emoções fortes, e embora os Interpol tenham sido postos no mesmo “saco” de outras bandas Nova Iorquinas, o que lhes valeu tremendas comparações com as mesmas, mas diga-se o que se disser, é inegável que este Turn On The Bright Lights é um álbum afectivo e poderoso. A perda e o arrependimento são os temas centrais do álbum, onde os riffs de guitarra dão o mote para despertar os mesmos – e embora não seja nenhum Ok Computer, e nem era este nunca o objectivo, pelo menos nesta altura em que os Interpol começavam a dar os seus primeiros passos, seria impensável a banda almejar voos tão altos nesta fase da sua carreira.

I will surprise you sometimes, I’ll come around when you’re down, é desta forma suave que o álbum começa em Untitled. O que chama a atenção neste Turn On the Bright Lights é que as suas letras são apelativas e assertivas, apoiadas pela forma aparentemente vacilante de cantar de Paul Banks, o que torna o álbum quase num paradoxo, visto que é maioritariamente depressivo, mas surpreendentemente refrescante e apelativo. As 11 faixas que o constituem evocam raiva e uma necessidade premente de soltar essa mesma raiva, imersa numa serenidade tremenda. Absorver toda esta complexidade e carga emocionais pode ser complicado, principalmente tendo em conta que somos confrontados com esta situação em todo o álbum, mas é precisamente este desafio que o torna tão interessante.

Analisar os altos e baixos deste Turn on the Bright Lights seria como procurar uma agulha no palheiro, dada a sua consistência, mas obviamente que existem músicas que sobressaem, duas das quais são aquelas que foram retiradas do EP, NYC mostra o amor incondicional pelas ruas da cidade natal dos Interpol e, conforme aconteceu no EP, os Interpol mostram do que são capazes em Obstacle 1 e The New. Obstacle 1 é a musica que mais faz lembrar Joy Division, onde os Interpol “encaixam” agressivamente na música, que contém surtos de agressão com imagens fortes e perturbadoras, como é exemplificado quando Banks diz “You’ll go stabbing yourself in the neck”. A tensão transmitida pelas guitarras é um contraponto, dando profundidade à musica através das suas várias “explosões”, tal como acontecia com os colapsos emocionais de Ian Curtis, que eram realçados pela aparente fragilidade da guitarra que os acompanhava. No momento em que Turn on the Bright Lights chega à penúltima faixa, The New, toda a raiva que até então parecia existir desaparece, deixando apenas o som calmo da aceitação consciente.

Resumindo, Turn on the Bright Lights foi um dos álbuns mais surpreendentes de 2002, e a descoberta dos Interpol foi uma experiência excepcional, que seria confirmada com os álbuns que se seguiram.

 

publicado por AS às 10:43

 Biografia

 

Os Nova Iorquinos Interpol começaram quando Daniel Kessler (o guitarrista e vocalista da banda) formou uma parceria com Greg Druddy (baterista), um colega seu na Universidade de Nova Iorque. Kessler conheceu também outro estudante, Carlos Denger, que anteriormente tinha tocado guitarra e que se sentia cada vez mais envolvido com a música. À sua responsabilidade ficou o Baixo e as Teclas. Por coincidência, algum tempo depois, Kessler encontrou Paul Banks, um guitarrista/vocalista que tinha conhecido em França, quando ambos fizeram Erasmus. Com o grupo devidamente alinhado, os Interpol tornaram-se uma banda em activo em 1998. Após os primeiros concertos da banda, no início do ano 2000, Drudy abandona o grupo, deixando o seu lugar livre, o qual foi ocupado por Sam Fogarino.

 

Os Interpol começaram a tocar ao vivo frequentemente, incluindo vários bares e clubes de Nova Iorque como o Brownies e o Mercury Lounge. Fizeram uma pequena tournée no Reino Unido, em Abril de 2001, tornada possível graças ao apoio dado no programa da BBC de John Peel. 2001 também viu o primeiro EP dos Interpol ser lançado e outra compilação intitulada This is the Next Year, um disco duplo que gravava os concertos dados em Brooklyn.

 

Em 2002, a banda assinou contrato com a editora Matador, e assim foi possível editar o álbum de estreia dos Interpol, Turn on the Bright Lights, no final do mesmo ano. A banda ganhou muito rapidamente o reconhecimento como “estrelas indie”, e iniciaram uma tournée mundial. Pouco tempo antes do lançamento do seu segundo álbum, Antics, em Setembro de 2004, os Interpol fizeram a primeira parte dos Cure, no festival de música Curiosa. Our Love to Admire, o primeiro álbum editado por uma grande editora (a Capitol), foi lançado em 2007.


Discografia

Turn On the Bright Lights (2002)

Antics (2004)

Our Love To Admire (2007)


Concertos

07-11-2007 - Coliseu dos Recreios


publicado por AS às 10:04

27
Dez 07

                        

Sinopse: Em Elizabeth: The Golden Age, a filha de Henrique VIII e de Ana Bolena detém já o controlo total e firme da coroa britânica. Em 1585 a Espanha, liderada pelo Rei católico Filipe II (Jordi Mollá) e com o apoio da prima católica de Elizabeth, Mary Stuart, Rainha da Escócia (Samantha Morton), ameaçam Inglaterra com a Inquisição, revoltada numa medida violenta com a pirataria de que são alvo os barcos espanhóis. Um desses piratas é Walter Raleigh (Clive Owen), um explorador e aventureiro que, com tabaco, batatas e o recém-descoberto território da Virgínia (assim nomeado em honra da Rainha Virgem), cai nas graças de Elizabeth. Impedida (ou incapaz) de materializar a atracção que sente por Raleigh, Elizabeth resolve mantê-lo perto de si tornando-o Sir e chefe da sua guarda pessoal e empurrando-o, inadvertidamente, para os braços da sua aia, Elizabeth Throckmorton (Abbie Cornish).

 

Crítica: quem julgar que ao ir ver este filme vai acompanhar apenas um pedaço de história, desengane-se, até porque o realizador Shekhar Kapur fez questão de “negligenciar” os factos históricos para conseguir uma dramatização mais eficaz. Desta forma, o filme acaba por se centrar na não provada atracção amorosa de Elizabeth por Sir Walter Railegh. Elizabeth I é retratada como sendo uma monarca inteligente e carismática, ponderada e controladora. Considerando-se casada com o seu país, recusou-se a aceitar um marido, apesar das constantes exigências dos seus conselheiros, entre os quais estava Francis Walsingham (Geoffrey Rush) e do parlamento inglês que constantemente insistiam para que a Rainha casasse e tivesse um herdeiro.

O fascínio de Elizabeth – The Golden Age, está, à semelhança do primeiro filme, na assombrosa interpretação de Cate Blanchett, que tanto nos mostra uma mulher indomável, cheia de força e vulnerabilidade, como uma mulher cheia de conflitos consigo própria, numa constante luta com a sua própria consciência. À experiência de vida, à idade e ao saber acrescentou-se um maior cuidado sobre o peso irremediável do poder. E à imagem daquela mulher indomável, é dado um lado humano que por vezes lhe parecia faltar, aquando da execução de Mary Stuart, porque se uma rainha pode ser executada, isso queria dizer que todas as rainhas, incluindo Elizabeth, são mortais.

É neste retrato englobante que funde as diversas facetas de um ser humano com a poderosa lenda que a história criou em torno dele que o filme de Shekhar Kapur consegue o seu limitado trunfo, sustentado, em grande parte na fabulosa interpretação de Cate Blanchett e na fotografia e em todos os cenários criados para este filme.

publicado por AS às 12:18

24
Dez 07
publicado por FV às 12:39

22
Dez 07
Esta semana, e em jeito de homenagem a um dos melhores fenómenos humorísticos do nosso país, a fazer lembrar os "mestres" Monthy Python, deixamos convosco um dos melhores momentos de sempre dos Gato Fedorento, que vão fazer uma paragem nas suas carreiras. Para teledisco da semana escolhemos então o Rap dos Matarruanos:

 

 

Alexandra Silva & Filipe Vilhena
publicado por AS às 22:34

Dezembro 2007
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