31
Jan 08

 

 

 

Lista de Músicas

 

1 The Pretender

2 Let It Die

3 Erase/Replace

4 Long Road to Ruin

5 Come Alive

6 Stranger Things Have Happened

7 Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running)

8 Summer's End

9 Ballad of the Beaconsfield Miners

10 Statues

11 But, Honestly

12 Home

 

 

No inicio deste ano de 2007, os Foo Fighters lançaram um álbum de celebração do 10º aniversário do lançamento de The Colour and the shape, como forma de lembrar um dos grandes momentos da banda, em que escreviam grandes temas que eram catchy e ao mesmo tempo apelativos.

Com o lançamento do seu 6ª álbum de estúdio, Echoes, Silence, Patience and Grace, continuamos uma viagem pela nostalgia, ao reencontrarmos o produtor Gil Norton, fazendo com que o álbum parecesse uma espécie de retirada, fuga para o que a banda tinha atingido, sendo considerada como um sinónimo do rock alternativo moderno.

A primeira faixa e primeiro single The Pretender lança-nos para um movimento constante, comum a “hinos” antigos como I’ll Stick Around ou Monkey Wrench, tendo no entanto um punhado de ideias fortes e imensa energia, tornando-se numa das canções mais interessantes da banda, em muito tempo…No entanto, as (por vezes em demasia) repetitivas Let it Die, Long Road to ruin e Erase/Replace (que ganha o prémio de refrão mais catchy), acalmam um pouco o ímpeto inicial.

Neste álbum nota-se a importância do guitarrista dextro Chris Shiflett, tornando as melodias mais clássicas, adocicadas, com excelentes vocais de Dave Grohl e com riffs mais fortes e “complicados” a preencher os “espaços vazios”. Assim, estas canções mais rock, com cerca de 3 minutos, simples e doces afastam-se das (grandes) músicas Pop da banda como foram Big Me ou Everlong.

Na tentativa de criar um álbum diferente, mais acústico, ao estilo de Skin and Bones, os Foo Fighters colocaram bastantes baladas neste novo álbum, sendo as que mais nos fazem retroceder ao álbum ao vivo Stranger Things Have Happened e But, Honestly. A “dupla-personalidade” de David Grohl fica bem patente nestas músicas, pela forma como mostra um Grohl mais “baladeiro”, no reverso do “punk-grunge”. Também outro conjunto de músicas trazem-nos uma novidade: Grohl parece-se com Tom Petty nas bastante americanas Statues (uma das melhores do álbum, quanto a mim) e Summer’s End.

Mas, se queremos falar de originalidade, teremos que focar a Ballad of the Beaconsfield Miners, uma faixa instrumental dedicada aos mineiros da Tasmânia que ficaram presos na mina. Esta faixa coloca os Foo Fighters num patamar elevado, ao fazer lembrar Led Zeppelin na sua fase Led Zeppelin III.

No entanto, todos estes momentos diferentes do trio grunge de Seattle ou das músicas catchy  e carismáticas, deixa-nos a pensar se os Foo Fighters estarão a ir na melhor direcção… este é um álbum com muitas baladas e muito contemplativo, deixando no entanto algumas saudades dos tempos de The Colour and the Shape

publicado por FV às 12:26

29
Jan 08

                                                   

                                                   

Sinopse: Dois irmãos lutam para ter sucesso na vida e para resolver os seus problemas. Um é jogador crónico com dividas até “ao pescoço” e o outro é um jovem apaixonado por uma bela actriz que conheceu recentemente, que trabalha para o restaurante do pai e ambiciona ser um homem de negócios. Assim, viram-se para o seu opulento tio Howard, um poderoso e influente homem de negócios, no qual a família sempre recaiu, para resolver tanto o problema das dívidas de jogo de Terry (Collin Farrel) como a sede de riqueza de Ian (Ewan McGregor). Howard (Tom Wilkinson), em troca dessa ajuda, propõe aos sobrinhos um negócio inesperado que levará ambos até às últimas consequências.

 

Crítica: Para quem tem acompanhado o trabalho de Woody Allen, sabe que Allen é um exímio narrador de grandes dramas humanos, tendo Match Point funcionado muito bem neste aspecto, e este Cassandra’s Dream veio reforçar. Portanto, sem esconder as suas pretensões, o novo trabalho de Allen está enraizado nas tragédias gregas, com alguns laivos de film noir, e assume esta vertente até ao seu magnifico final.

Partindo da premissa da ambição e dos sonhos e o estar disposto a tudo para alcançar os mesmos, chegando ao ponto da confrontação com questões de moral e de lealdade familiar, que surgem cedo e rapidamente tomam conta do filme.

Muito se diz quando se fala de Woody Allen, e no caso deste filme, o seu grande mérito e trunfo é o argumento fortíssimo. Primeiro, pela forma como estabelece os motivos e personalidades das personagens, bem como pelos respectivos dilemas morais. Se o filme se move devagar, é porque cada cena é meticulosamente construída para nos informar um pouco mais sobre elas, e consequentemente nos tornar cúmplices dos seus actos. Mas mais do que isso, a imprevisibilidade e a dúvida parecem surgir a cada esquina, e nós nunca sabemos exactamente em quem confiar, ou como as coisas vão correr, daí resultando momentos de um suspense quase insuportável, que a música de Phillip Glass ajuda a alimentar.
É neste grau de identificação que o espectador tem com as personagens e a forma como foi construído este brilhante enredo que tornam Cassandra’s Dream num filme tão bom, ou até mesmo melhor do que Match Point, Crimes and Misdemeanors e toda a obra mais negra de Allen. Outro aspecto a realçar é o desempenho de Collin Farrel, que nunca se viu a interpretar um papel dramático tão bom como aqui, e McGregor está de regresso às grandes personagens. Depois o papel interpretado por Tom Wilkinson torna-se verdadeiramente ameaçador nas poucas cenas em que participa ao ponto de a sua personagem pairar sobre todo o filme.

Se Scoop foi uma desilusão para os seguidores de Woody Allen, Cassandra’s Dream é o regresso em grande de um dos maiores cineastas do mundo!

publicado por AS às 12:16

26
Jan 08

Para recordar ainda um pouco do melhor de 2007, como o foi com certeza este álbum dos Interpol, embora possa não chegar ao nível de Antics, recordamos um dos pontos altos deste Our Love to Admire, que também foi ponto alto no Coliseu dos recreios, na passagem dos Interpol, a 7 de Novembro. Aqui fica, "No i in threesome".


Alexandra Silva & Filipe Vilhena

publicado por FV às 10:40

25
Jan 08

 

... e prepara-se para lançar um álbum, em Maio próximo. Scarlett Johansson, depois de cantar em "Lost in translation" e no último festival de Coachella, com os Jesus & Mary Chain, decidiu gravar um álbum onde inclui 10 covers de Tom Waits, e um original seu. O lançamento está planeado para 20 de Maio e o álbum, ao que tudo indica terá o nome «Anywhere I Lay My Head».

Vamos esperar p'ra ver se esta menina tem futuro também na música, tal como o tem no cinema...

publicado por FV às 16:51

 

 

 

 

Lista de Músicas

 

1 23

2 Dr. Strangeluv

3 The Dress

4 S.W.

5 Spring and by Summer Fall

6 Silently

7 Publisher

8 Heroine

9 Top Ranking

10 My Impure Hair

 

 

O número 23 é frequentemente considerado um número mágico associado à mudança, ao ponto de viragem numa situação, onde novas energias transformam a condição preexistente, mudando-lhe a trajectória. Acreditando em numerologia ou não, ironicamente, e apesar deste ser o sétimo álbum de estúdio dos Nova-Iorquinos Blonde Redhead, este 23 é um álbum que trouxe reconhecimento e catapultou a banda até à passadeira vermelha, trazendo-lhes mais exposição, venderam mais, fizeram uma tournée maior. Mas para aqueles que já conheciam e estão familiarizados com todo o trabalho anterior dos Blonde RedHead podem achar que este lado mágico e melancólico poderá provocar uma desintegração, um corte perigoso com aquilo que foi feito até então.

 Essencialmente, 23 é composto por músicas simples, onde encontramos semelhanças ao seu álbum de 2000, Melody of Certain Damaged Lemons, onde as influências de Sonic Youth são evidentes. As músicas são tão boas quanto as do álbum de 2004, Misery Is a Butterfly, que muitos fãs consideram a pérola dos Blonde RedHead, provocando uma sensação de perda quando ouvem este 23; muitos acham que a banda se perdeu algures no processo de composição das músicas, apesar de terem convidado para produzir o seu álbum Alan Moulder (U2, Depeche Mode, My Bloody Valentine, Smashing Pumpkins).

Mas para quem não conhecia os Blonde Redhead, este 23 é um fascínio, e é um prazer ouvi-lo vezes sem conta. A voz de Kazu Makino encaixa perfeitamente na música dos gémeos Amedeo e Simone. Dr. Strangeluv e Silently são dois dos momentos altos do álbum.

No fundo os Blonde RedHead são uma banda discreta, e talvez por isso, só ao sétimo álbum tenham ganho projecção internacional. Mesmo que não seja o seu melhor álbum, a verdade é que para quem não conhece os, tem neste 23 a oportunidade de descobrir uma banda com cerca de 13 anos de carreira e com uma capacidade tremenda de fazer boa música.

 

publicado por AS às 12:30

23
Jan 08

 

 

Hoje o dia não começou bem, pois a primeira notícia que vi foi a da morte de Heath Ledger, um dos actores desta nova geração mais promissores.

 Vi a notícia aqui http://sic.sapo.pt/online/noticias/cartaz/20080122+Heath+Ledger+morreu.htm

Não sei o que dizer nestas circunstâncias, muito menos quero parecer uma fã fanática ou algo do género, mas obviamente que hoje o panorama cinematográfico está mais pobre!

 

 

publicado por AS às 10:28

22
Jan 08

                               

Sinopse: O argumento gira em torno do improvável assassinato de Jesse James, conforme descrito no romance de Ron Hansen, oferecendo um novo olhar sobre a lenda e colocando várias hipóteses sobre o que realmente aconteceu nos meses que antecederam o infame disparo. A história ocorre no ano de 1881. Jesse tem 34 anos de idade. Enquanto planeia o seu próximo roubo, continua a batalha travada com os seus inimigos que tentam conseguir o dinheiro da recompensa e a glória de ser o responsável pela sua captura. Mas a maior ameaça à sua vida poderá vir daquele em quem mais confia…

 

Crítica: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford é uma excelente forma de iniciar o ano cinematográfico. Um ano em que chega até nós um dos hypes de 2007 dos EUA: o regresso dos westerns. E digamos que, começamos em excelente forma e ficamos de água na boca para o que se avizinha – No Country for old men, There will be blood, 3:10 to Yuma…

The Assassination of Jesse James, do relativamente desconhecido André Dominik, transporta para o grande ecrã um Oeste há muito esquecido das lides cinematográficas na adaptação da original história de Ron Hansen, e com grandes interpretações de Brad Pitt (que já lhe valeu a Coppa Volpi em Cannes) e Casey Affleck (a confirmar-se o seu talento, uma das estrelas do futuro).

Por ser uma visão original dos últimos dias de Jesse James, por ser um western que nos faz regressar à infância, aos tempos em que eram repostos clássicos de Eastwood e John Wayne, ou outras estrelas como Terrence Hill (que até foi Lucky Luke!) …

Dominik filma de uma forma contida, com um ritmo de montagem mais lento e contemplativo, sem grandes cenas de acção ou explosões (que sabemos é tão comum no cinema americano dos últimos tempos, infelizmente diga-se…), fazendo com que este seja um dos mais belos filmes dos últimos tempos, com uma fotografia magistral (quase a lembrar trabalhos óscarizados). Aparte de tudo isto temos uma reconstituição de época tal, que até nos deixamos levar p’ra esse mundo, onde pontifica o bandido Jesse James, que pilhava no sul dos EUA, e o seu “fã nº1” Robert Ford, completamente fascinado e obcecado com o bandido, procurando sempre identificar-se com ele. Quando os caminhos de ambos se cruzam, tudo acontece muito rápido (menos de um ano) e Ford acaba por matar Jesse James, de forma cobarde, pelas costas, como indica o título da longa-metragem.

Para o sucesso do filme, contamos com uma narrativa muito fluida – mal se dá pelo tempo passar, e quando damos por nós Jesse morreu e passaram 180 minutos… – bem como excelentes interpretações. Brad Pitt está igual a si mesmo, regressando aos tempos áureos, bem ao seu nível – quase sentimos o regresso do Pitt de Twelve Monkeys, Snatch, Fight Club… Casey Affleck é uma excelente surpresa e mostra-se aqui destinado a voos maiores – veremos como se sai em Gone, Baby, Gone – se continuar a evidenciar o talento aqui demonstrado, e a enorme ambiguidade e aparente facilidade em passar de simpático a ameaçador.

De referir ainda alguns momentos dispersos e menos coesos na narrativa que invalidam que este filme seja praticamente perfeito, bem como, agora dum lado positivo, a banda sonora de Nick Cave e Warren Ellis, sempre muito adequada e apresentada de forma fantástica na película.

Para finalizar uma nota para Sam Shepard como Frank James que, apesar de um pequeno papel, cumpre na perfeição o exigido.

No fundo, este é um filme que merece ser revisto e recordado, e uma excelente forma de começar o ano, com uma obra repleta de beleza e um realizador inspirado, que nos relembra as heranças do western…

publicado por FV às 18:59

21
Jan 08

 

 

 

Lista de Músicas

 

1 Icky Thump

2 You Don't Know What Love Is (You Just Do as You're Told)

3 300 M.P.H. Torrential Outpour Blues

4 Conquest

5 Bone Broke

6 Prickly Thorn, But Sweetly Worn

7 St. Andrews (This Battle Is in the Air)

8 Little Cream Soda

9 Rag and Bone

10 I'm Slowly Turning into You

11 A Martyr for My Love for You

12 Catch Hell Blues

13 Effect and Cause

 

Quando em 2006, Jack White partiu à conquista do globo, com os Raconteurs, pensou-se que os White Stripes estavam acabados… O antecessor Get Behind Me Satan, de 2005, soava como uma retrospectiva de um homem frustrado com as limitações de um duo.

Assim, com todas estas condicionantes, Icky Thump acaba por soar como uma ressurreição: a reunião de Meg e Jack, dando-lhes a oportunidade de mostrar o amor fraterno, vestir as suas roupas estranhas e voltar aos blues.

Gravado em tempo recorde, numa maratona de 3 semanas, Icky thump, retorna aos elementos que caracterizaram a vida passada dos White Stripes. Desde os garage-blues, até palavras ditas de forma bizarra e reminiscências de Zeppelin e Dylan, o mais óbvio e forte neste álbum é o excelente som instrumental conseguido por Jack White, quer nas teclas, quer na guitarra.

O primeiro single, com o nome do álbum, é uma faixa que alterna entre o órgão “torturado” e uma guitarra selvagem; I’m slowly turning into you mistura por sua vez versos de Wurlitzer com fortes riffs de guitarra; St. Andrew (The Battle Is in the Air) apresenta White a tocar gaita-de-foles; e finalmente Conquest dá-nos um trompetista, no lugar de um órgão Casio.

Neste álbum comprova-se que Meg White cada vez mais se assemelha a John Bonham, “espremendo” o seu reportório num estilo muito Led Zeppelin, especialmente em faixas como You Don’t Know What love Is (You Just Do As You’re Told), onde se apreende ainda mais a grande ligação que a une a Jack.

Mas, ao contrário da maior parte de bandas revivalistas do blues-rock, que se contentam em re-escrever 96 tears, os White Stripes inovam, colocando inclusive um tom de falsos mariachi na faixa Conquest, brincando um pouco com Scott Walker, até se perceber que esta é uma recriação de Patti Page. Rag & Bone é quase uma tese acerca de uma banda que gosta de escrever sobre si própria, colocando Jack e Meg como coleccionadores de tralhas e com uma relação estranha e assustadora.

No entanto, este não é um álbum perfeito e, ao termos algo a apontar, seria a pop doce encontrada em You’re Pretty Good Lookin’ (For a Girl)”que provavelmente será hoje propriedade dos Raconteurs. Outro ponto menos bom é a colagem um pouco ao passado, fazendo com que se comparem as músicas de Icky Thump com as presentes em De Stijl. Ainda assim, apesar de tudo, a estratégia de rejuvenescência apresentada neste álbum, permitirá aos White Stripes continuar a crescer…

publicado por FV às 12:09

19
Jan 08

Depois de ter ganho o Globo de Ouro para melhro canção original, veremos se Eddie Vedder chega aos Óscares. Aquele que é a voz dos grandes Pearl Jam, escreveu e compôs os temas para a banda sonora original de "Into The Wild" realizado pelo amigo Sean Penn.

Para celebrar a vitória, deixamos em destaque: Guaranteed.

 

Filipe Vilhena & Alexandra Silva

publicado por FV às 17:26

18
Jan 08

                                    

  • Os Abutres 

Esta história começa quando Richard Abernethie, um senhor ligado à indústria e muito rico morre de repente, e a sua família se reúne depois do funeral, para o advogado do Sr. Abernerthie, o Sr. Ehtwhistle proceder à leitura do testamento. Cora Lansquenet, irmã do falecido, que é conhecida por fazer comentários impertinentes e ser inconveniente, insinua que Richard foi assassinado.

Ao regressar a casa, no dia seguinte, Cora é brutalmente assassinada durante o sono, com um machado. A partir deste momento surgem várias perguntas: será que Richard foi assassinado? Será que Cora sabia que Richard suspeitava que o estavam a envenenar? Será que ambos foram assassinados para que algum dos restantes parentes receba parte da herança? Tendo em conta todos estes cenários, Entwhistle chama o seu amigo Poirot para investigar o caso. À medida que se vão sabendo mais informações acerca do caso, mais vitimas vão surgindo. Será que a morte de Richard Abernethie foi natural? O que Cora e as outras vítimas sabiam para também serem assassinadas? Qual terá sido a razão do crime?

 

  • Centeio que Mata

Rex Fortescue, um saudável homem de negócios, morre envenenado enquanto tomava chá. A sua esposa, Adele torna-se a principal suspeita, mas pouco tempo depois ela também morre envenenada enquanto bebia chá. Seguindo a única pista, um pouco de centeio encontrado num bolso da vítima, Miss Marple começa a investigar o caso. Marple apercebe-se que todos os homicídios ocorrem seguindo uma sequência duma canção de embalar Sing a Song of Sixpence. Os assassínios são tudo menos uma brincadeira infantil. O inspector Neele, o detective que acompanha Miss Marple na investigação tem uma ideia diferente dos estranhos acontecimentos.

 

 

Ambas as histórias de Agatha Christie partem de premissas semelhantes: o assassinato, em circunstâncias invulgares de homens ricos e de negócios, envolvendo mais homicídios, e com vários interessados na sua morte. Estas obras correspondem, mais ou menos, a meio da carreira literária de Christie, e embora se note algum declínio, estamos perante duas histórias com enredos muito directos e apelativos. No entanto, nota-se alguma previsibilidade, senão vejamos: ao dar um título como os Abutres é sugerido que a morte de alguém faria com que surgissem uma série de possíveis herdeiros a pousar sobre o cadáver, tendo álibis ou não, esses são sempre fáceis de destruir. Já, em Centeio que Mata, essa previsibilidade desvanece-se, dando lugar a alguma originalidade, embora se trate duma história semelhante à primeira, mas a forma como é abordada, ou seja embora hajam vários beneficiados com esta morte, as possibilidades de serem ou não o assassino variam de suspeito para suspeito. O recurso a uma canção de embalar no auxílio de investigação, dá aquela ideia de que vai ser um caso de fácil resolução, ou então é apenas aparência. Como qualquer outro romance policial, a solução menos esperada é aquela que é válida.

Embora nenhuma destas obras seja a melhor de Agatha Christie, para qualquer apreciador do género e, principalmente, desta senhora é um livro recomendável de conhecer!

publicado por AS às 17:47

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