Sinopse
Thad Beaumont, o autor best-seller de três livros de terror, adorava poder dizer que não tem nada que ver com o horror de uma série de assassínios monstruosos. Mas não pode. Foi ele que o criou.
Crítica
Este é um livro, que embora tenha sido editado em 1989, apenas me chegou em 2010, graças à edição da Bertrand. Stephen King sempre foi um autor que gostei e que me interessou bastante, embora também considere que por vezes fica um pouco aquém do que pode fazer. Mas, este não é o caso. Claramente, A Metade Sombria é dos melhores livros que já li do autor - e tenho pena de não ter ainda visto a adaptação cinematográfica ( de 1993, por George A. Romero), que se for fiel trará alguns arrepios...
Mas, passando à análise da obra, posso dizer que King mais uma vez está "em casa", abordando o tema da escrita, escritores e seus pseudónimos.
Thad Beaumont, o personagem principal era um escritor que agradava à crítica mas não ao público, então decide criar um pseudónimo George Stark, que, rapidamente ultrapassa o seu criador em êxito e vendas. Até que, numa acção promocional Thad decide "matar" George e começar um universo de terror, sem que se aperceba...
A relação Thad/George é algo que King explora de forma fenomenal, deixando-nos ansiosos a cada linha pelo próximo confronto... a relação de Thad com Liz é algo que também nos vai deixando cada vez mais tensos à medida que a história se desenrola, levando-nos mesmo a suspeitar/duvidar se Thad será inocente ou culpado pelo pesadelo em que se encontra.
A parte "Hitchcockiana", muito bem explorada por King, torna todo o livro, e o final em algo imensamente aterrador e que nos deixa colados às últimas páginas até quase termos que desviar o olhar e acender todas as luzes, espreitar lá pra fora e garantir que tudo está bem...
Claramente, este é um livro onde King merece o "cognome" que adquiriu de mestre do Terror.
Da minha parte, um livro a recomendar a quem gostar do género, ou siplesmente quiser passar uns momentos assustadores.