16
Fev 11

 

Sinopse

Thad Beaumont, o autor best-seller de três livros de terror, adorava poder dizer que não tem nada que ver com o horror de uma série de assassínios monstruosos. Mas não pode. Foi ele que o criou.

 

Crítica

Este é um livro, que embora tenha sido editado em 1989, apenas me chegou em 2010, graças à edição da Bertrand. Stephen King sempre foi um autor que gostei e que me interessou bastante, embora também considere que por vezes fica um pouco aquém do que pode fazer. Mas, este não é o caso. Claramente, A Metade Sombria é dos melhores livros que já li do autor - e tenho pena de não ter ainda visto a adaptação cinematográfica ( de 1993, por George A. Romero), que se for fiel trará alguns arrepios...

Mas, passando à análise da obra, posso dizer que King mais uma vez está "em casa", abordando o tema da escrita, escritores e seus pseudónimos.

Thad Beaumont, o personagem principal era um escritor que agradava à crítica mas não ao público, então decide criar um pseudónimo George Stark, que, rapidamente ultrapassa o seu criador em êxito e vendas. Até que, numa acção promocional Thad decide "matar" George e começar um universo de terror, sem que se aperceba...

A relação Thad/George é algo que King explora de forma fenomenal, deixando-nos ansiosos a cada linha pelo próximo confronto... a relação de Thad com Liz é algo que também nos vai deixando cada vez mais tensos à medida que a história se desenrola, levando-nos mesmo a suspeitar/duvidar se Thad será inocente ou culpado pelo pesadelo em que se encontra.

A parte "Hitchcockiana", muito bem explorada por King, torna todo o livro, e o final em algo imensamente aterrador e que nos deixa colados às últimas páginas até quase termos que desviar o olhar e acender todas as luzes, espreitar lá pra fora e garantir que tudo está bem...

Claramente, este é um livro onde King merece o "cognome" que adquiriu de mestre do Terror.

Da minha parte, um livro a recomendar a quem gostar do género, ou siplesmente quiser passar uns momentos assustadores.

publicado por FV às 16:37

08
Fev 11

 

Sinopse

Arthur (Conan Doyle) e George (Edalji) cresceram em mundos completamente diferentes e a vários quilómetros de distância um do outro, na Grã-Bretanha do final do sécúlo XIX. O primeiro é médico e tornou-se mundialmente conhecido por ser o criador do célebre Sherlock Holmes. Arthur torna-se escritor e um dos mais famosos homens do seu tempo, enquanto George, solicitador em Birmingham, permanece na obscuridade. Mas com o despontar do novo século, as suas vidas cruzam-se devido a uma sequência de acontecimentos reais que ficaram conhecidos como "Os Ultrajes de Great Wyrley".

O segundo, George Edalji quer apenas ser muito inglês e acredita na lei; contudo, a sua ascendência pársi é um entrave às suas aspirações e colocá-lo-á a braços com a justiça. Por seu lado, Arthur é um homem moderno para a sua época, mas os seus ideais de cavalheirismo e dever empurram-no para um insolúvel dilema moral: ama profundamente Jean, mas existe Touie, a sua mulher, a quem encara com afecto e respeito. É então, após dez anos a viver esta mentira, que Arthur descobre a história de George. O óbvio erro judiciário galvaniza-o. Uma vez que o público o identifica com Sherlock Holmes, ele vai actuar como a sua criação, limpar o nome do inocente e desmascarar o culpado. A uni-los está o facto de ambos serem vítimas dos sistemas que mais admiram: a lei e o cavalheirismo, e juntos serão capazes de redimir as suas vidas destroçadas pela falta de esperança e frustração.

 

Critica

Começo por dizer que nunca tinha lido nada sobre este autor, e que comprei o livro por curiosidade, visto que sempre gostei muito do trabalho de Conan Doyle, principalmente tendo em conta que este é um relato acerca de acontecimentos reais.

Este livro é um verdadeiro trabalho de investigação acerca dos dois personagens principais, desde a sua infância até às suas mortes. De um lado temos Conan Doyle, escocês, com ascendência Irlandesa, e, embora não viesse de uma família que se pudesse considerar abastada, teve a possibilidade de frequentar boas escolas e acabou por estudar medicina na Universidade de Edimburgo.

Por seu lado, George Edalji, inglês, embora de ascendência Parsi pela parte do pai, sempre viveu no presbitério, onde o seu pai era pastor, conseguiu estudar direito e acabou por se tornar solicitador em Birmingham.

Em circunstâncias normais, a vida destas duas pessoas nunca se teriam cruzado, até ao dia em que George é acusado de um crime gravíssimo, pelo qual passou uns anos na prisão injustamente.

Conan Doyle, um dos homens mais famosos do seu tempo, ao tomar conhecimento da enorme injustiça da qual George foi alvo, decide ajuda-lo.

O aspecto que achei mais interessante é que, este livro, embora seja um estudo exaustivo, nunca o achei entediante ou enfadonho. Notei de facto que Julian Barnes teve muito cuidado ao retratar a vida de cada um dos personagens, respeitando sempre a ordem cronológica dos eventos.

Para mim, este livro acabou por ser uma biografia interessantíssima de Conan Doyle, dando-nos a conhecer vários dilemas morais com que foi confrontado durante a sua vida, e, por ter sido uma pessoa que tanto lutou por tudo aquilo em que acreditava, tornou-se um dos homens mais influentes da sua geração!

publicado por AS às 18:24

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