Out of Exile (2005)
Tendo em conta o que acontece a uma grande parte das grandes bandas da actualidade, que duram pouco mais que um álbum, e principalmente se levarmos em consideração que os Audioslave surgiram da fusão de duas bandas tudo levava a crer que eles eram “apenas” mais uns a quem isto ia acontecer. Esta suspeita tornou-se ainda mais forte quando, no álbum de estreia se tinha a sensação que Chris Cornell escreveu e deu voz às músicas que os Rage Against the Machine compuseram após a saída de Zack de la Rocha, no entanto, todas as dúvidas se dissipam quando, em 2005, lançam o seu 2º álbum, Out of Exile. Contrariamente ao que aconteceu com o seu antecessor, Out of Exile parece ser o resultado duma banda coesa, onde todos os membros contribuem da mesma forma para alcançar uma personalidade distinta, mas unificada. É óbvio que ainda se notam elementos pertencentes às bandas anteriores, mas neste caso, ambas se fundem, caminhando no mesmo sentido. Parte do sucesso de Out of Exile deve-se às canções, onde se nota a grande influência de Cornell, existindo uma aproximação muito grande com tudo o que ele tinha feito anteriormente.
Mesmo os riffs são conduzidos com cuidado e, aos poucos se constroem canções melódicas e com alguma carga dramática, que tem um objectivo e não andam em círculos, como podemos ouvir em faixas como Be Yourself, Drown Me Slowly, Heaven’s Dead ou Dandelion. O que, infelizmente não significa que Out of Exile seja um álbum coeso, porque não o é, isto porque contém uma série de excessos, principalmente da parte de Tom Morello que usa e abusa dos riffs das guitarras, variando demasiado de notas, como se pode ver no início de Your Time as Come, o que se torna cansativo de ouvir. Por isto, podíamos estar perante um álbum melhor que o primeiro, o que acabou por não acontecer.
O que vale é que o seu sucessor, Revelations (2006) viria finalmente trazer o mérito devido a este projecto.