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Ago 07

Contraband (2004)


Lista de Músicas

 

1 Sucker Train Blues

2 Do It for the Kids

3 Big Machine

4 Illegal I Song

5 Spectacle

6 Fall to Pieces

7 Headspace

8 Superhuman

9 Set Me Free

10 You Got No Right

11 Slither

12 Dirty Little Thing

13 Loving the Alien

 


Contraband tem como protagonistas Slash, Duff e Matt Sorum, a quem se juntou o guitarrista Dave Kushner, que surgem numa versão moderna dos Guns N’ Roses impulsionada pela voz melodiosa e quase “elástica” de Scott Weiland. Com um vocalista que pertenceu aos Stone Temple Pilots e com a maioria dos membros serem ex-Guns N’ Roses, os Velvet Revolver surgem automaticamente como Super grupo. Went too fast I'm out of luck and I don't even give a f*ck, grita Weiland na faixa Do It For the Kids, sendo totalmente suportado pelo potencial da guitarra de Slash. Mas aquilo que é mais visível neste álbum é, sem duvida nenhuma, a maturidade dos elementos dos VR, algo que se revela no seu trabalho. Weiland continua a cantar e “transformar-se” tal qual um camaleão. Mas o seu apetite pela fama tornou-se maior, apesar da sua luta contra ela, acabando por se tornar o seu escape. Os restantes membros, Slash, Duff e Companhia continuam a espicaçar os seus demónios interiores, algo que se nota no início de Set Me Free, que nos faz recordar os velhos tempos. Apesar desta semelhança, que por muito que eles tentem, quem conheceu e acompanhou os projectos anteriores vai sempre fazer comparações e tentar arranjar elementos em comum, a banda teve o cuidado de não tornar este projecto num desfile nostálgico, explorando novos truques e sonoridades, e vários coros, que se assemelham ao estilo musical e lírico dos STP. Os versos pesados de Big Machine revelam uma faixa digna do melhor do Hard-Rock dos anos 90; por sua vez Headspace junta o melhor que os GN’R e os STP fizeram, mas mais aprimorado e aperfeiçoado, enquanto que Superhuman fala acerca do uso de substâncias ilegais, numa linguagem perceptível a todos. Contraband surpreende por conseguir superar as expectativas que se podiam criar em torno desta colaboração, algo que se observa no single Slither, que é uma referência desde o primeiro momento em que o ouvimos, fazendo-nos lembrar de faixas como a Nightrain (dos Guns N’ Roses), e à medida que o álbum vai abrandando de ritmo, em Fall to Pieces e Loving the Alien, o álbum cria uma série de momentos que se tornam quase inesquecíveis. Neste aspecto, acaba por haver uma compensação entre a dor proveniente da postura estudada e cínica de Weiland, com o desejo dos restantes membros de alcançarem o seu espaço. Afinal, se nos lembrarmos das suas experiências anteriores, provavelmente eles já viram tudo. Com Contraband os Velvet Revolver retiram o lado “certinho” da sua música, conferindo-lhe maturidade e hedonismo.


publicado por AS às 17:49

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