| Alinhamento: 1. Death 6. E.S.T. |
Os White Lies, um trio britânico cujas influências são nomes como os Joy Division, The Teardrop Explodes ou Echo & the Bunnymen, foram umas das revelações do ano que passou. O seu álbum de estreia To Lose My Life, produzido por Ed Buller (Pulp, Suede) e Max Dingel (the Killers, Glasvegas), foi uma surpresa agradável. Embora, como se pode ver no alinhamento e depois de ouvirmos as musicas, o tema da morte esteja presente. Aliás, o próprio vocalista/guitarrista Harry McVeigh declarou: Everything has got to be love or death. E porque não ter ambos? É sobre esta premissa que surge este álbum.
Lembro-me da primeira vez que ouvi na Rádio To Lose my Life, e do refrão "Let's grow old together and die at the same time” não me ter saído da cabeça. O álbum parece uma dissertação sobre amor e morte e tudo o que ambos envolvem: “If you tell me to jump then I'll die“ da E.S.T, ou “As you said goodbye, I almost died” de Nothing to Give. O que de facto torna o álbum interessante é que não é deprimente, toda a problemática da morte e da separação que a mesma envolve parece envolta num lado positivo, de esperança e até mesmo de continuidade. Exemplo disso é Unfinished Business, que, sem duvida é o melhor momento de To Lose My Life. A partir desta faixa, o álbum decai um bocadinho, tentando recuperar um pouco do fulgor inicial em Farewell to the Fairground, mas sem sucesso.
De qualquer das formas, fica aqui uma banda para acompanhar e seguir de perto, porque este, To Lose my Life, não sendo um portento, é um registo bastante interessante, e até se torna libertador quando somos confrontados com a morte de alguém próximo.