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Fev 07

A Weekend in the City (2007)

 

1-Song For Clay (Disappear Here)
2- Hunting For Witches
3- Waiting For The
7:18
4- The Prayer
5- Uniform
6- On
7- Where Is Home?
8- Kreuzberg
9- I Still Remember
10- Sunday
11- SRXT

 

Depois do sucesso que foi Silent Alarm e os primeiros EPs da banda, os Bloc Party nunca deixaram de reinventar a sua música. Assim, em Weekend in the City, um álbum ambicioso e emocional que tem como base tudo o que foi feito anteriormente mas que, nota-se desde a primeira vez que é ouvido que há um corte com o passado. Daí que, muitos não consigam gostar deste álbum. É diferente de facto, exige mais “paciência” e não é tão cativante de início como Silent Alarm. Mas desengane-se quem acha que A Weekend in the City não é um bom álbum, ou que os Bloc Party se deslumbraram com o sucesso de Silent Alarm. Nada disto é verdade, porque enquanto que no álbum anterior por vezes tínhamos a sensação que não sabíamos o que se poderia esperar de música para música, porque ora estávamos perante uma música agressiva, ora calma e romântica, feito para ser viciante e bastante agradável de se ouvir, em A Weekend in the City, isto acontece, mas não é tão imediato e de forma diferente. Nota-se que neste álbum os sentimentos dos Bloc Party são expressos nas músicas. Kele Okereke expressa como vê a cidade de Londres no século XXI, a solidão e o desapontamento estão constantemente presentes, já para não mencionar o racismo, homo fobia e hipocrisia religiosa. Em A Weekend in the City, encontramos uns Bloc Party mais tristes e desiludidos, no entanto mais justos e maduros, mais entregues de alma e coração ao que fazem do que nunca. Isso é reflectido logo na faixa inicial do álbum, Song for Clay (Disappear Here) que apesar de ser uma música de rock incisivo, é no entanto intimista e implosivo. Okereke continua a cantar como se o mundo fosse acabar amanhã, com toda a energia que consegue, mas as letras são mais refinadas. Okereke tornou-se um excelente letrista, combinando ambivalência com a utilização de termos directos, que se nota em músicas como Waiting for the 7:18 ou Kreuzberg. À semelhança do que acontece com Silent Alarm, o álbum começa com músicas muito rock, e vai decrescendo de ritmo, até chegarmos a musicas como I Still Remember ou Sunday, que não sendo tão poderosas como This Modern Love ou So Here We Are, são igualmente viciantes.

A Weekend in the City é um álbum mais pop, mais radio-friendly que Silent Alarm, mas talvez consiga ter mais impacto que o primeiro por ser mais emocional. A maioria das canções segue uma fórmula previsível de versos sussurrados e grandes coros, enquanto a bateria de Matt Tong, adiciona um ar mais agressivo a um álbum suave, os riffs em A Weekend in the City são bastante semelhantes entre si.

Algumas faixas abordam “novos temas” tais como em On que mostra a diferença ténue entre estar viciado em drogas ou em alguém, enquanto que The Prayer refere o sentimento ritualista de dançar numa discoteca a abarrotar de gente através das vozes sonantes, baterias pesadas e guitarras; e em Where is Home? a sonoridade é usada para expressar raiva em vez de ilações.

A resposta dos fãs dos Bloc Party ao seu lado mais negro poderá ser desapontante, pelo menos inicialmente, porque A Weekend in the City não é um álbum que fica tão no ouvido à primeira audição como o seu antecessor, mas vai gradualmente mudando de alienação para ligação e esperança, sendo tão arrojado como Silent Alarm, e talvez até com melhor sonoridade.

Alexandra Silva & Filipe Vilhena

 

publicado por AS às 20:23

Silent Alarm (2005)

 
 

1-Like Eating Glass
2-Helicopter
3-Positive Tension
4-Banquet
5-Blue Light
6-She’s Hearing Voices
7-This Modern Love
8-The Pioneers
9-Price of Gas
10-So Here We Are
11-Luno
12-Plans
13-Compliments


 

Muito mais sérios e decididos que o seu primeiro EP poderia dar a entender, o álbum de estreia dos Bloc Party, Silent Alarm, revela-nos uma banda conhecedora do art-punk e de bandas capazes de grandes gestos como os U2 e os Coldplay. Apesar de (ainda) não serem uma banda capaz de esgotar estádios de futebol como as anteriores, os Bloc Party parecem muito confortáveis e convincentes ao proclamarem frases tais como Something glorious is about to happen/A reckoning!” dos que alguns dos seus contemporâneos tais como os Franz Ferdinand ou os Futureheads. Silent Alarm é também um álbum bastante variado, com um pop de extremos repleto de baladas atmosféricas e faixas percursivas, que são bem servidas na produção por camadas deste álbum. O single Banquet e a excelente música de abertura Like Eating Glass, põem as emoções à flor da pele o que em muito contribui a enérgica escrita das canções que tornam as musicas bastante audíveis e fáceis de digerir. As baladas Blue Light, This Modern Love, e So Here We Are são alguns dos melhores momentos de Silent Alarm, que mostram o poderoso impacto que até mesmo as canções mais calmas conseguem ter.

 

Silent Alarm é, também, um álbum político, tema que a banda aprofundou, mas que curiosamente é abordado de formas totalmente diferentes: enquanto Price of Gas critica severamente a luta pelo petróleo, em Helicopter e em Pioneers os temas da crítica à governação Bush e as Guerras são mencionados de forma bem mais subtil. Resumindo, estamos perante um excelente e refrescante álbum de estreia, muito bem trabalhado, e acima de tudo, prometedor!

Alexandra Silva & Filipe Vilhena

 

publicado por AS às 20:12

Biografia

 
 

 

Inspirados por nomes como os Sonic Youth, Joy Division, Gang of Four e The Cure, os “art-punkersBloc Party misturam a sonoridade indie com sons e características Pop. Os Bloc Party surgiram em 2002, com nomes como Superheroes of BMX, The Angel Range, Diet, e Union. Kele Okereke (Vocalista) e Russell Lissack (Guitarrista) conheceram-se em Essex, no Sul de Londres, onde Lissack cresceu e estudou e Okereke estudava. Em 1999, voltaram a encontrar-se no Reading Festival, onde descobriram que não só tinham amigos em comum, como também compartilhavam de gostos musicais muito parecidos. Posteriormente juntaram-se à banda o baixista Gordon Moakes e o baterista Matt Tong, e com o nome Union, gravaram uma demo, no início de 2003, quando mudaram o nome da banda para Bloc Party. Este é uma referência a um festival de música independente “de bairro” de nome Block Party, onde é habitual contratarem uma banda local para tocar no mesmo.

 

 

A demo e os primeiros concertos do grupo começaram a chamar a atenção da imprensa e dos seus parceiros; Okereke entregou uma cópia do single She’s Hearing Voices a Alex Kapranos, vocalista dos Franz Ferdinand, durante um concerto destes. Kapranos convidou-os para tocarem no 10º aniversário do Domino, no Outono de 2003. No início do ano seguinte a banda lançou uma das faixas da demo, She’s Hearing Voices, como single através da editora Trash Aesthetics. Alguns meses depois, Banquet/ Staying Fat, foram enviados à editora Moshi Moshi. Na primavera desse ano, os Bloc Party assinaram um contrato com a editora Wichita para a gravação do seu primeiro álbum no Reino Unido, e com a editora Dim Mak para distribui-lo nos Estados Unidos. A banda passou o verão de 2004 em estúdio e em concertos. Mais tarde nesse mesmo verão, Bloc Party, que reunia os primeiros dois singles da banda chegava aos Estados Unidos.

 

 

O álbum de estreia, Silent Alarm, foi lançado no início de 2005 pela editora Vice Records nos Estados Unidos, onde foi bastante aclamado, tendo sido nomeado para Álbum do Ano pelos críticos do NME. Também atingiu o 3º lugar nos tops de vendas do Reino Unido, atingido a platina. Apesar de todo o sucesso e das boas criticas que recebia, os Bloc Party não conseguiram entrar nos tops de vendas dos Estados Unidos. Mais tarde nesse mesmo ano, o álbum Silent Alarm Remixed aumentou a crescente popularidade da banda. Este contém as músicas do álbum original remisturadas por bandas tais como os Ladytron, M83, Death From Above 1979, Four Tet e Mogwai. Em Julho desse ano, os Bloc Party gravaram mais duas faixas Hero e Two More Years, que foram posteriormente lançadas num EP intitulado Two More Years, que acompanhou o lançamento de uma nova edição de Silent Alarm, que incluía as faixas Two More Years e Little Thoughts.

 

  

Em Fevereiro de 2007, a banda lançou o segundo álbum de originais, A Weekend in the City. O primeiro single The Prayer foi lançado em 29 Janeiro, mas está disponível no MySpace da banda desde Novembro de 2006.


Discografia

Silent Alarm (2005) 

A Weekend in The city (2007)

Alexandra Silva & Filipe Vilhena

publicado por AS às 20:04

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