Audioslave (2002)
| Lista de Músicas 1 Cochise 2 Show Me How to Live 3 Gasoline 4 What You Are 5 Like a Stone 6 Set It Off 7 Shadow on the Sun 8 I Am the Highway 9 Exploder 10 Hypnotize 11 Bring Em Back Alive 12 Light My Way 13 Getaway Car 14 The Last Remaining Light |
Apesar de subtil, no entanto revelador, que a capa do primeiro e apoteótico álbum dos Audioslave foi da responsabilidade de Storm Thorgerson, o artista por detrás das melhores capas dos álbuns dos Pink Floyd. Thorgerson, juntamente com Roger Dean transformaram e marcaram o look dos anos 70, a era das super bandas, que é precisamente o que os Audioslave eram – uma junção dos Rage Against the Machine sem o Zack de La Rocha, com o vocalista dos Soundgarden, Chris Cornell. Apesar de ambas se terem destacado no universo metal dos anos 90, ambas tiveram percursos e vantagens totalmente diferentes: os Rage Against the Machine eram actuais, modernos, sem quaisquer medos ao criticarem os políticos da altura, através do Hip-Hop que surgia da guitarra de Tom Morello, enquanto que os Soundgarden juntaram a ferocidade do metal dos anos 70 com influências Punk. O facto destas vantagens não encaixarem como se poderia eventualmente estar à espera, não é propriamente uma surpresa isto porque não tem um passado nem um elemento em comum, tirando o facto de terem sido influências em grandes referências do metal. Dos dois lados da “batalha”, quem consegue se tornar mais influente é, sem dúvida, Chris Cornell, conseguindo puxar os meninos dos Rage Against the Machine para um trabalho mais introspectivo. Ocasionalmente, é visível que a banda compôs algumas canções em que se nota que uniram forças, como é o caso do fantástico single de estreia Cochise. Para os fãs de Cornell, foi um alívio ouvi-lo libertar-se, principalmente quando compararmos este álbum com o seu registo a solo, que era muito mais introspectivo, mas este projecto não é, de forma alguma um one-man show.
A formação dos Rage Against the Machine, liderados pelo estilo intricado do guitarrista Tom Morello, encontra a sua oportunidade de brilhar, principalmente porque conseguem entrar em registos totalmente diferentes daqueles que encontramos nos Rage. E, é neste ponto que encontramos a primeira falha dos Audioslave: talvez Morello e os restantes membros dos Rage fossem mais talentosos que os Soundgarden, no entanto nunca conseguiram ser tão majestosos, poderosos ou influentes como as músicas de Cornell exigiam. Enquanto que no seu álbum a solo lhe faltava músculo, aqui encontramos músculo mas sem textura ou cor. Consequentemente muitas das músicas parecem estar no ponto certo para “descolarem” sem nunca conseguirem atingir o seu verdadeiro potencial. Encontramos momentos, com músicas tais como Like a Stone, I am the Highway, Shadow on the Sun ou Exploder, em que os Audioslave parecem coesos, como uma banda deve ser e não como um objecto comercial. Ainda assim, e infelizmente, estes momentos são poucos, tornando-se difícil vermos este álbum como um todo. Resumindo, estamos perante uma excelente ideia, mas nada inspirada!!!